A Escolha Errada [ MORRO ]

Capitulo 35

Duas semanas depois...

MANUELA NARRANDO

Já faz duas semanas que eu voltei pra casa aonde eu morava com a Lívia, tenho que pagar quase R$ 1,000 reais de aluguel pro Bruno, tivemos uma briga feia por causa da Raissa, não vou engolir esse sapo todo não, não sou obrigada a nada! Sim, eu amo ele mais me amo em primeiro lugar, aqui no morro ninguém quer me dá emprego, o Sr João me demitiu a mandado do Bruno, meu dinheiro está acabando, minha despesa também, eu não sei mais o que vou fazer, isso tudo porque eu dei na cara da Raissa por ela gritar com a minha filha.

Se eu que sou mãe não grito com ela, porque uma vagabunda vai gritar? Comigo não, as duas pessoas que estão me ajudando agora é a Dona Maria e a Bia, a Bia se tornou uma irmã pra mim, mais não posso ficar dependendo delas não, eu preciso de um emprego, urgente.

__ Manu, não fica assim bicha, o que tu precisar conta comigo - diz a Bia alisando meus cabelos

__ Como não ficar assim Bia? Olha a mistura tá acabando, as bolachas da Lili também, meu dinheiro está no fim e o Bruno sendo ruim comigo, não dá - deixo lágrimas escapar

__ Tudo culpa dessa vagabunda da Raissa, ela é a culpada de tudo isso - diz bufando de raiva

__ Eu também não deveria ter batido na cara dela, ela tá grávida, eu fui a errada - as lágrimas cai copiosamente

__ Ela que tá errada em gritar com uma criança, ela é retardada, mais essa folga dela vai acabar, a se vai - diz se levantando e pegando um copo d'água pra mim

Estou pensando seriamente em me "vender" pro Bruno pra ganhar dinheiro, porque não to conseguindo emprego em canto nenhum, no asfalto não me dão emprego porque sou a "assassina" por causa do Thiago, o seguro de vida do Thiago ele deixou no nome da mãe, nem isso ele teve a coragem de deixar no nome da minha filha, eu estou no beco sem saída, já várias noites dormi com a barriga doendo de fome só pra encher a barriga da minha filha, vou ter que explorar essa opção, vou na boca falar com o Bruno

__ Bia, fica com a Lili, eu vou na boca falar com o teu irmão - digo me levantando e secando minhas lágrimas

__ Não vai me dizer que tu ainda tá com a ideia de se vender pro meu irmão mano? - diz revirando os olhos - tu não esqueceu a piroca dele e quer sentar de qualquer jeito né? - ela começa a gargalhar

__ Larga de ser ridícula, ué, a Raissa não se vendia pra ter dinheiro? Pois bem, vou me vender pro homem que amo e vou ter dinheiro - digo arrumando meu vestido e meu cabelo

__ Tu é quem sabe, esse mês você não paga aluguel porque já paguei, se precisar de milhões eu te dou, tu não vai passar necessidade com a minha pequena não - diz olhando dentro dos meus olhos

__ Mais eu preciso me virar, se ele não quiser, tudo bem, vou de novo para o asfalto conseguir algum emprego - pego o meu celular, coloco no meio do meu peito - eu vou ir lá, me deseje sorte

__ Boa sorte piranha - diz mandando beijo no ar, saio de casa e vou em direção a boca.

FIM DA NARRAÇÃO

RAISSA NARRANDO

O meu plano está indo de bom para melhor, consegui separa-los, eu estou morando com o meu Bruninho, ele fica me pressionando sobre a minha barriga não está aparecendo, de eu não vomitar e nem enjoar, mais disse que é normal que tem mulheres que vomitam, enjoam e outras não.

Já encomendei umas barriga falsa pela internet, e até uma importada que se passar a mão ela se mexe, quero ver ele não acreditar, semana retrasada fiz a "Manubrega" perde a linha e me bater, o Bruno não iria engolir isso não mesmo.

__ Bruno, meu amor - digo sentando na sua mesa de pernas abertas - eu to carente, preciso sentir você - digo me aproximando do seus lábios

__ Sai fora maluca, eu não vou triscar em você não, to contigo por causa do molque, quando ele nascer, tu vai sair do meu morro e da minha vida seu demônio - diz soltando a fumaça da maconha no meu rosto - começo a tossir

__ Bruno faz mal pro bebe - passo a mão na barriga - sento no seu colo, ele deixa - Bruno eu te amo, porque você não pode me amar também? - digo jogando seu cigarro de maconha no chão e tentando dar um beijo nele, ele demora, mas com muita insistência ele corresponde, me coloca deitada na sua mesa, e começa a alisar meu corpo, finalmente eu vou conseguir engravidar, obrigada Deus.

Ele continua descendo sua mão até minha intimidade, eu começo a suspirar

__ Bru-Bruno, continua - ele me olha com fúria mais continua, tenho certeza que quando ele me toca, ele lembra dela, ele lembra, o clima estava bom, a gente quase ia pra preliminares até alguém interromper

__ BRUNOOOO!! - olho pra a direção da porta vejo a talarica parada bem na entrada com lágrimas escorrendo, sorrio sarcástica olhando pra cara dela - mais uma vez obrigada Deus por poder me vingar dessa vagabunda

FIM DA NARRAÇÃO