18.

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Alguns meses depois.

Maio, estávamos em maio, tem noção disso, o ano estava acabando, e as férias, pelo menos por parte das aulas estavam chegando.

Eu não aguentava mais ficar em pé, e fui logo sentando no único lugar que tinha.

Esse lugar era no colo do Bernardo.

Bela resolveu  nos levar em um lugar, que até agora eu não sei onde eu estou.

Ela iria fazer uma festa para comemorar alguma coisa, que ainda é segredo, e pediu que nós ficássemos sentados, enquanto ela comprava.

Resumindo: ela só queria a gente para levar sacola.

Claro, que eu não fiquei sentada, e puxei Bernardo comigo para várias coisas, e nós compramos tranqueiras.

Joguei minha cabeça para trás, e mordisquei a orelha dele.

Ele apertou a minha barriga.

- Estou cansada de esperar.

Afirmo.

- Calma, que logo ela acaba.

- Quero só ver o que ela vai comemorar.

- Deve ser alguma coisa legal.

- eu estou suspeitando que é o emprego.

Nós tínhamos virado um trio de amigos, e isso era bom.

- Será?

- Você não notou que ela está andando mais ajeitada?

Bernardo deu uma risada.

- Eu praticamente não a vejo na faculdade, bebê.

Ele pegou a mania de me chamar de bebê, agora.

Solto um suspiro.

- Quero ir dar uma volta.

- Nós vamos se perder.

- Não tem como isso acontecer, é só combinarmos o lugar, e ela nós encontra você está de carro.

Sim, vimos no carro dele.

E, isso é ótimo, se ele concordasse comigo.

Mas, pelo visto isso não iria acontecer.

Dei um suspiro longo.

Ficamos ali por longos minutos, e Bela parecia incansável, porque ela não aparecia nunca.

Bernardo já estava ficando irritado.

- Vamos dar uma volta.

Sussurro, ele nega.

- Ela está vindo.

Aleluia!

Ela se aproxima da gente com várias sacolas, Bernardo e eu a ajudamos a carregar tudo até lá em cima, mas ela resolveu entrar em outras lojas.

Eu e o Bê já tínhamos entrado em várias lojas dessa proximidade, então não iríamos entrar de novo.

- Nós vamos ir no carro guardar, e te esperamos lá.

- Qualquer coisa liga, e aí nós descemos.

Ela assente, pegamos tudo, e dividimos um bem pesada, e fora as nossas sacolas.

Miguel abriu o tampão do carro, e começou a colocar as sacolas dentro, as nossas, decidi colocar no meu pé, para não misturar e virar decoração de festa.

Bernardo entrou no carro, e se sentou no banco de trás, eu entrei do outro lado.

E, na hora que eu sentei, que alívio.

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