Te encontrei

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Havia uma semana que eu estava me preparando para voltar para faculdade, a qual eu havia deixado por alguns motivos nobres. Eu sempre adorei engenharia, sempre fui muito boa em cálculos e etc. Mas minha paixão sempre foi ver a justiça sendo feito, ou seja, direito.

Acordei por volta das 06:00 hrs, já estava atrasada, então dei um pulo da cama e fui direto em direção ao banheiro, onde eu tomei um banho bastante relaxante e demorado, sai do banho depois de mais ou menos uns 20 minutos, andei até o closet e coloquei uma roupa bem simples. Uma calça jeans escura, rasgada na parte dos joelhos, uma blusa de manga preta grande, um tênis vans e oque não poderia faltar, meu boné branco, virado pra trás, que eu comprei em New York, peguei minha mochila e me dirigi até a cozinha, rosa já havia preparado o café da manhã e meus pais já haviam saído para trabalhar. Peguei só uma maçã, dei um beijo em rosa e fui de long pra faculdade.
Quando cheguei, havia algumas pessoas do lado de fora, mas bem poucas, entrei correndo e fui direto até a sala, bati na porta e pedi licença, até que a voz da professora me disse que poderia entrar. Adentrei na sala com um sorriso nos lábios, que fazia minhas covinhas aparecem, olhei em volta e quase em um sussurro falei

-Meu nome é Yohana, sou a aluna nova.
A professora simplesmente me olhou e pediu para sentar em alguma cadeira. Nunca fui de sentir vergonha de nada, sempre fui cara de pau, mas agora confesso que estava sentindo minhas bochechas queimarem, sinal de que eu estava corada, andei até a última carteira, da última fileira e me sentei, tirei o caderno da mochila e comecei a copiar tudo que estava no quadro. Assim que acabei, comecei a observar todos em minha volta, até que meus olhos se fixaram em uma menina, que estava sentada ao meu lado, loira, de cabelos longos e lisos, em um tom bem louro, idêntico ao ouro celestial, ela era magrinha, mas tinha um corpão, ela prendeu seu cabelo em um coque e eu pude admirar seus lábios, rosados e carnudos, feitos para mim, seus olhos eram de um tom verde água, que ficava mel, quando o sol invadia a janela e batia em seu rosto delicado, que por sinal, parecia ser esculpido a mão. Decidi que ela seria minha próxima vítima e então resolvi puxar assunto.
Fiquei a encarando por um tempo, até que seus olhos se perderam nos meus e eu finalmente quebrei o silêncio e falei

-Essa professora é sempre chata assim ou ela faz isso por esporte?

Ela deu uma risada rouca, bem gostosa e respondeu

-Nem sempre, só quando ela respira.

Dei uma gargalhada com o comentário dela e em seguida sussurrei

-Meu nome é Yohana e o seu?

Para minha surpresa ela sussurrou de volta

-O meu é Marina, no intervalo a gente conversa mais, se não daqui a pouco a chata vai vim aqui e nos advertir.

Assenti e voltei a me concentrar no que aquela professora falará.

Um dia, três outonos. Onde histórias criam vida. Descubra agora