O COMEÇO DE TUDO

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AINDA NOS AMAMOS

ESSA HISTÓRIA É VERDADEIRA E ATÉ HOJE ESTAMOS JUNTAS!

Obrigada por estar conosco!

OBS: Você que apaixonada ou ama sua professora, caso queira conversar comigo para tirar dúvidas, saber detalhes de como foi o nosso processo de assumir para as nossas famílias, ou até mesmo contar sua história, comenta aqui seu numero na apresentação que eu chamo via WhatsApp e a gente troca uma ideia. Se você estiver passando por algo parecido conta sua história pra gente. Se vocês gostarem escrevo como foi o processo de como nos assumimos
para as nossas famílias e amigos e também de tudo que tivemos que enfrentar quando a Fernanda abandonou a educação.

Grata, boa Leitura!

APRESENTAÇÃO

Meu nome é Júlia, 16 anos. Pele branca, loiro dourado com cachos leves nas pontas e olhos castanhos claros; tenho 1,67 de altura. Atualmente sou modelo fotográfica e faço parte da orquestra em minha cidade. Toco violino desde os cinco anos de idade incentivada pelo meu
pai que é músico e trabalha para uma emissora de TV. Meus pais são separados desde os meus dez anos e desde então moro com a minha mãe, ela é Juíza e por essa razão sempre viveu para o trabalho, raramente vejo minha Mãe em casa. Sou solteira, nunca namorei sério, pois dedico meu tempo para trabalhar e estudar. Quero ser médica e o vestibular é esse ano.

Olá! Eu sou a Fernanda, tenho 36 anos. Pele morena clara, cabelo liso com um pouco de volume e olhos também castanhos escuros; 1,70 é a minha altura. Sou Bióloga, professora á onze anos lecionando atualmente em duas escolas e também professora e tutora na Universidade Federal da cidade. Sou casada com o Rodrigo há oito anos e Mãe do Gabriel – oito anos. Nunca tive um casamento feliz, casei porque engravidei do namorado e minha família na época era fervorosamente católica – jamais por amor; e além de não nos darmos muito bem preciso ir sobrevivendo nesse casamento de aparência

 O COMEÇO DE TUDO

No ano do vestibular terceiro ano do ensino médio, o diretor no primeiro dia de aula informou a nossa turma que o antigo professor de Biologia havia saído da escola e que durante o ano a disciplina ficaria por conta da professora Fernanda. Eu não entendia porque, e na verdade eu nem percebi que algo estranho já estava acontecendo comigo; misteriosamente o meu coração queria vê-la, conhece-la, saber quem seria essa professora – ignorei a sensação e voltei o pensamento às palavras finais do diretor. Antes da aula, no dia seguinte, esqueço de mim em baixo do chuveiro – chegando 15m atrasada na aula da Fernanda – tímida pergunto:

Julia - Bom dia! Posso entrar? 

Fernanda - Sim!

Andei até a minha mesa, primeira da fila. Sento! E a primeira impressão não é nada agradável, ela sequer olhou rumo à porta para responder se eu poderia entrar em sala, e em um tom extremamente seco apenas respondeu SIM! Passado alguns minutos sem muito interesse ela pergunta:

F – Seu nome? 

J – Julia.

F – Júlia, meu nome é Fernanda. Você chegou atrasada e perdeu minha apresentação. Qualquer duvida pergunte aos seus colegas após a aula, eles vão informar a você os tipos de metodologia a qual abordo e como serão as provas!

Nada respondo enquanto abro o livro na página recomendada por ela. Os dias se passam, as aulas vão acontecendo normalmente sem nada de interessante, até que após dois meses seguidos, me pego observando o bumbum da Fernanda. Nossa! Meu Deus! Que curva de pernas, que cabelo lindo que cai do ombro nas costas; e mais uma vez ignoro - mas logo percebo que não consigo deixar de percebe-la por inteira – enquanto isso - até o cheiro dela eu fazia de sentir quando ela caminhava pela sala. Sinto-me mal com essa situação, pois nunca havia me sentido atraída por mulheres.

O inesperado por mim acontece:

Fernanda – Gente eu vou entregar as provas e quem for recebendo, por favor, pode ir saindo de sala, não quero tumulto aqui, ok?

Mal posso esperar ela chamar meu nome, coração está acelerado e a respiração falhando, meu nome foi o ultimo a ser chamado. Só aí me dei conta que estava na sala sozinha com ela – borboletas no estômago. E ela comenta:

F – Júlia Almeida Vasconcelos Costa! :)

J – Sim professora. Dirijo-me até a mesa dela e ela mostra um sorriso doce.

F – Senta. Quero conversar com você... Olha Júlia eu não coloquei nota na sua prova. Você começou a escrever e não terminou nenhuma das respostas. O que houve? Pergunto por que dei uma olhada no seu histórico escolar e você só tem notas excelentes. Você passando por algum problema em casa, quer conversar?

Eu tremi toda. Fiquei muda, e para minha sorte somos interrompidas nesse instante pelo auxiliar de limpeza. Ela dá um sorriso meigo e me entrega uma folha em branco, apenas pede para que eu anote o meu E-mail e o meu telefone. Escrevo e ela me oferece uma carona pra casa. Seguimos juntas até o carro dela de cor vermelha. No caminho, numa das conversas descubro que somos vizinhas de bairro, ela estaciona em frente a minha casa em baixo da árvore, desliga o carro e comenta:

F – Está entregue, sorri.

J – Obrigada Fernanda. Mostro um sorriso leve.

F – Professora! Ela me corrige sorrindo!

Consigo disfarçar facialmente o fora, mas por dentro estou querendo sumir dali. Mais uma vez agradeço a carona e abro a porta do carro. Ela fala:

F – Gostaria de ficar mais tempo com você, mas tenho aula para dar agora à tarde. Mas quero saber o motivo de você não ter respondido a prova toda. Quero com conversar com você, se você se sentir a vontade, me manda um E-mail ta?

J – Ok professora, obrigada! Sorrio.

Ela manobra o carro, buzina rapidamente, acelera para ir embora. Passo a tarde inteira pensando na carona até que resolvo enviar um E-mail:

Boa noite professora. Será um prazer tê-la em
Meu rol de amigos do E-mail. Seja bem vinda!

Obrigada pela atenção!

Passo a madrugada ansiosa, atualizando o E-mail a cada minuto, mas infelizmente durmo sem resposta. Dois dias se passam até a aula. No meio da aula, ela me chama até a mesa dela para conferir a atividade feita em casa, pede que eu sente na cadeira á sua frente - quando me entrega o caderno recebo no meio da página do livro um cartão branco, escrito, 19,23. É a senha do meu armário, ela comenta – Vá até lá, abra, tem um envelope pra você, pegue e guarde!

No intervalo vou ao armário de professores e espero não ter nenhum outro professor por lá. Abro e lá está o envelope branco, recolho e já coloco dentro da bolsa. Fecho e vou correndo para ao banheiro, curiosa para saber o que está dentro dele. Quando abro o envelope encontro uma chave de porta solta. Não entendo o que significa, mas guardo como se fosse um diamante. Seis meses se passam e estamos muito próximas, ainda sem saber o porquê daquela chave, me empolgo tanto esperando as aulas dela, que acabo esquecendo de perguntar.

AINDA NOS AMAMOSOnde histórias criam vida. Descubra agora