Capítulo 1

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Os dias no belo bairro de Bayview costumavam ser calmos e ensolarados

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Os dias no belo bairro de Bayview costumavam ser calmos e ensolarados. A brisa marítima e o som das gaivotas eram o despertador de muitos de seus abastados moradores, que eram grandes adeptos de corridas matutinas e saudações vazias aos vizinhos de longa data. Contudo, como se fosse um grande organismo vivo, Bay View acordou sentindo falta de algo, como se um membro importante faltasse em seu corpo, no entanto, a vida seguiu pacata como sempre. Os Freeman se atrasaram para seus compromissos, os policiais da ronda passaram no horário de sempre e a mesma senhora trouxe seus três cachorros para urinarem nas flores da senhora Godwill, que presenciou tudo alarmada antes de ligar pra sua irmã mais nova, a senhora Furller.

Em uma simples reclamação diária o mundo de todo um bairro começou a se desfazer como um castelo de areia lambido pelas fortes ondas da manhã. Amanda ignorou o marido, que perguntava o porquê dela se importar se os malditos cachorros mijavam nas suas plantas, e resgatou o telefone celular do fundo da sua nova bolsa gucci. o Aparelho tinha uma capa azul brilhante que combinava perfeitamente com a sua personalidade animada e o protetor de tela era uma foto recente de suas flores premiadas, que haviam recentemente se tornado banheiro para três cachorros enormes! O número de Erica era o quarto nos contatos rápidos, ele vinha depois do número da mãe, do número do seu terapeuta e do número daquele ótimo massagista que dava cupons perto do mercado da marina. Erica já sabia o horário que Amanda ligava, por isso sempre atendia no primeiro toque, contudo, naquela manhã o telefone tocou seis vezes antes de cair na caixa postal.

"Oi! Aqui é a Erica, eu não posso atender agora, então por que não deixa um recado? Eu retorno mais tarde!"

Amanda olhou pro celular como se os cachorros da senhora tivessem vomitado nos seus sapatos, mas depois de uma rápido revirar de olhos ela encontrou no marido uma nova vítima para suas reclamações. Enquanto isso, na casa dos Freeman, Sophia passava por uma crise existencial. A morena observava a louça suja na pia da cozinha e se perguntava o motivo de ter recebido visitas na noite passada e nem sequer ter se incomodado em fazer uma limpeza básica. Ela havia se tornado aquele tipo de gente que manda os convidados se sentirem em casa? Não, não podia ser isso. Mas ao olhar a louça suja na pia da cozinha, Sophia viu uma panela vermelha que não lhe pertencia. Não, todas as suas panelas eram de aço inox, ela não tinha nenhuma panela vermelha, a única que usava panelas daquele tipo na vizinhança era Erica Furller. Ela lembrava vagamente da loira tendo passado por lá na noite passada, a vizinha disse que faria um ensopado ou algo do tipo. Ao checar sua geladeira de duas portas, Sophia comprovou que, de fato, havia uma embalagem grande com ensopado de carne. Erica devia estar com pressa pra deixar a panela na cada de Sophia, e pior, ter deixado louça suja na cozinha dos outros!

Sem coragem para trocar de roupa tão cedo da manhã, a indecisa Sophia vestiu seu roupão de chiffon por cima do pijama e, após calçar sapatos menos reveladores do que pantufas de coelhinho, saiu de casa, andando alguns metros até a casa vizinha. Ela sempre tivera uma pitada de inveja da casa dos Furller, era linda além dos sonhos de qualquer solteirona abastada. Uma mansão colonial com sua imponente fachada de pedra, o jardim de rosas bem cuidado, a grama sempre verde e bem aparada e o caminho delicado de pedras que levava até a entrada da casa. Era como a casa dos sonhos de toda garota que sonhava em se casar algum dia. 

Mesmo possuindo a chave do lugar, Sophia tocou a campainha e esperou até que o filho mais velho dos Furller abrisse a porta. O garoto estava meio vestido pra faculdade, com a camisa de botões caindo pelos ombros e o cabelo negro bagunçado, ele lembrava um pouco o pai, mas não tinha muita da gentileza do casal. Antony olhou a vizinha ainda vestida com seu roupão e com uma grande caçarola vermelha nas mãos, ele abriu um largo sorriso que as garotas da faculdade considerariam como sedutor e inclinou a cabeça para olhar melhor a mulher a sua frente.

- A que devo a sua ilustre visita a essa hora da manhã, Sophia? - perguntou ele, tentando ignorar o fato de que a mulher claramente estava com uma das panelas de sua mãe nas mãos.

- Pra você é senhora Freeman - ela retrucou mas logo voltou ao tópico principal - Eu só quero trocar uma palavrinha com a sua mãe e também vim deixar essa panela, ela esqueceu na minha casa ontem a noite.

- Ela ainda não desceu - franziu o cenho, incomodado por ter sido rejeitado tão cedo. Virou-se para dentro de casa, fechando a porta levemente antes de gritar - Pai, chama a mamãe, tem gente querendo falar com ela! - voltou-se novamente  pra mulher, abrindo a porta por completo - Não vai demorar muito, você quer entrar e se sentar um pouco?

- Obrigada Antony - Sophia agradeceu, sentando no sofá branco da sala bem decorada, enquanto abraçava uma panela muito grande, um escudo naquele lar bem estruturado.

Pouco tempo depois do grito do rapaz, um homem com o cabelo ainda mais bagunçado desceu as escadas com um ar de confusão. Joseph olhou do filho pra vizinha como se não fizesse ideia do que estava acontecendo na sala de sua casa. 

- Eu achei que Erica tinha dormido na sua casa - ele disse a Sophia - Ela não veio pra casa ontem a noite.

As vezes pequenas coisas não fazem diferença em um grande ambiente, no entanto o desaparecimento de Erica Furller não era uma pequena coisa em Bay View e isso ficou claro na expressão assustada de três pessoas diferentes: uma vizinha curiosa, um filho rebelde e um marido preocupado. Onde estava a senhora da mansão do fim da rua? Onde se escondia a rosa azul?

Hola amigos! Meu nome é Jane e eu sou a escritora de Rosas azuis não existem, chegamos ao fim desse prólogo com lágrimas de sangue

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Hola amigos! Meu nome é Jane e eu sou a escritora de Rosas azuis não existem, chegamos ao fim desse prólogo com lágrimas de sangue. Tentei não cometer nenhum erro barbáro, mas se encontrarem, por favor perdoem essa escritora sonolenta, eu não fiz de propósito. Me sigam para receberem atualizações a respeito da história, votem no capítulo e compartilhem rosas azuis com os amiguinhos, o apoio de vocês move histórias e essa não é uma exceção!

O que acharam dos nosso personagens e o que acham que aconteceu com a Erica?

Quero teorias +-+

Podem mandar!

O próximo capítulo já está pronto e passando por edições, se tudo der certo publicarei ele em breve, então vejo vocês no próximo capítulo ou nos comentários, bye!

Jane

Rosas azuis não existemWhere stories live. Discover now