1. Carne, osso e sensualidade

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Cheguei na cobertura do meu primeiro cliente daquela noite, o prédio era enorme e muito sofisticado, ser GP de luxo tinha lá suas vantagens. Toquei a campainha e arrumei meu cabelo enquanto esperava que alguém abrisse a porta. Não demorou muito para que a porta fosse aberta e eu descobrisse quem era o cara que eu foderia ou que me foderia dessa vez.

Era um homem alto e muito bonito, seu cabelo estava penteado para trás e parecia sedoso, ele vestia um terno aparentemente bem caro e seus lábios eram bem carnudos e convidativos.

Talvez o programa não seja tão ruim dessa vez...

— Você deve ser o Wonho — ele sorriu sem mostrar os dentes e eu mordi o lábio inferior

— Eu mesmo, em carne, osso e sensualidade — o mandei uma piscadela ele riu antes de fazer sinal para que eu entrasse.

A cobertura era imensa e estava muito bem organizada, não era muito diferente das de outros clientes. Olhei para o lado e vi o homem virado para uma mesa, ele se servia com wisky e eu me aproximei dele, o abracei por trás e ele virou a cabeça para o lado na expectativa de me olhar, dei alguns beijos em seu pescoço e deslizei minha destra pelo seu abdômen até chegar ao cós de sua calça e comecei a desabotoa-la

— O que está fazendo? — o homem perguntou

— Começando a nossa diversão — mordi o nobulo de sua orelha — Não é para isso que eu estou aqui?

— Tire as mãos de mim — o soltei e me afastei na mesma hora. Eu não sabia que tipo de fetiche ele tinha, então deveria apenas obedecer e esperar suas ordens, já que eu estava sendo pago para isso.

O homem pegou seu copo e andou até uma das poltronas enquanto abotoava a calça, o observei sentar e ele me olhou

— Sente-se — ele ordenou e apontou para outra poltrona que havia na frente dele e eu obedeci

— Ah, então você quer assistir eu me tocar? — dei um sorriso de canto, que logo se desfez quando vi o homem levantar uma das sobrancelhas

— Você fala demais. — ele me respondeu em um tom rude, cruzou as pernas e me olhou — Como você está? — eu sorri

— Box preta — ele gargalhou e aquela reação me deixou um pouco confuso

— Você está bem?

— O que?

— É tão difícil pra você entender uma pergunta? — ele disse com o tom rude novamente

— Olha, me desculpa, mas eu não estou entendendo o que você quer, eu não estou aqui para responder perguntas — arregalei os olhos assim que me dei conta do que falei. Eu já havia perdido um cliente por ter perdido a cabeça esse mês, se isso se repetisse, eu teria sérios problemas com a minha empresa. Eu estava cansado disso tudo e acabava ficando estressado como consequência.

— No anúncio da sua empresa, dizia que os garotos fariam o que eu quisesse, não é? — eu assenti, ele mexia o copo e me olhava — Então você está aqui para fazer o que eu quiser, se eu quiser fazer perguntas, você vai responder minhas perguntas, certo? — eu assenti novamente e ele riu — Como você está, Wonho?

— E-Eu estou bem — engoli seco e o olhei — e você?

— Não muito

— Por quê?

— Hoje é meu aniversário — ele continuava mexendo o copo e seu olhar estsva concentrado no líquido que se mexia dentro — e ninguém se lembrou — ele riu novamente — nem mesmo um parabéns, ou um par de meias como presente. Ninguém se lembrou.

— Nem sua família? — ele parou de mexer o copo e me olhou

— Família? — eu assenti — Eu não tenho família, Wonho — o olhei e suspirei — Você tem? — eu neguei com a cabeça e abaixei o olhar — Por que não?

— Eles me colocaram para fora de casa quando descobriram sobre o meu emprego

— Quantos anos você tem?

— Vinte e um — levantei o olhar e o olhei — e você?

— Vinte e cinco, com que idade você saiu de casa?

— Dezenove anos

— Por que começou a trabalhar com esse tipo de coisa, Wonho? — a forma como ele pronunciava o meu nome era absurdamente excitante

— É dinheiro fácil, eu ganho bem e faço algo que eu gosto

— Fácil? — eu não sei por que, mas aquela pergunta soou como uma facada. Eu não respondi nada, apenas encarei o chão — Você realmente gosta? — neguei com a cabeça — Você está nesse ramo a muito tempo, né?

— Sim

— Você satisfaz as pessoas mas ninguém realmente se importa em satisfazer você — ele riu soprado e eu o olhei — Quando você parou de realmente sentir prazer com esse ramo que você tanto gosta?

— A muito tempo  — as palavras saíram da minha boca automaticamente, eu sequer pensei antes de respondê-lo.

My Best Client [2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora