Aquele Manicômio

"Meu pior pesadelo"

//  S/N On //

Abro os meus olhos devagar e a minha visão estava turva, mas deu para ver que estava  numa casa abandonada, a madeira podre a cair, e o cheiro da mesma era forte, eu estava com uma roupa simples, roupa que nem eu conhecia, havia pouco luminosidade, mas dava para perceber que estava suja de sangue, as minhas mãos também, mas meus braços estavam arranhados, o desespero toma conta de mim, as minhas mãos deslizam na minha perna em busca da ponta das calças, levanto as mesmas, a ardência era forte, elas estavam em sangue, estavam cortadas e negras, como era possível eu não me lembrar de nada do que tinha acontecido? 

A minha cara estava molhada de suor e lágrimas, as minhas pernas curvam-se e os meus braços passam em volta delas de maneira a abraça-las, o meu coração acelerado e os meus soluços era a única coisa que eu ouvia, sinto dedos dedilharem os meus tornozelos agarrando-os com força, as unhas a cravarem a minha pele doía muito, uma Respiração ofegante estava no meu ouvido, grito em pedido de ajuda, mas nada acontecia, sinto que sou puxada de maneira a bater com as costas no chão, eu contorcia-me para tentar ver me livre daquele tormento, aquilo parecia tão real, eu só queria que tudo fosse um sonho, quando penso que tudo ia passar sinto algo pesado bater na minha barriga, gemo de dor, e quando me viro para não acontecer novamente, algo bate nas minhas costas, aquilo era muito pesado, aquilo deveria ter espinhos ou algo do gênero pois enfiava-se nas mesmas, as mãos agarram-me novamente, sinto que ia descer por um buraco e tento me agarrar ao chão, as minhas unhas estavam cravadas no mesmo, sangue já era visivel nas mesmas, mas a dor quase nem eu a percebia por conta do desespero, não consigo me agarrar mais e deixo-me levar.

Caia de costas, enquanto gritava, ouço um riso, de uma voz grossa que eu já ouvira antes...será que era ele?

Acordo suada,  e com a respiração ofegante,  eu tinha tido um pesadelo,  já a uns anos que não tinha um,  mal tinha chegado a um dia ao manicômio e já estou a dar em doida, levo as minhas mãos até minha cara,  passando as na tentativa de me acalmar, levanto-me indo logo a direção da casa de banho, molho a cara e a limpo com a toalha que la estava, saiu para ir buscar a farda e uma tolha de banho, mas na saida da mesma olho para a cama acima da minha e a mesma estava vazia, olho para o relogio admirada e  fico pasma com as horas, já estava atrasada, logo no segundo dia. Sinceramente eu não tinha mudado nada.

Vou a correr tomar banho e lavar os dentes,quando saiu do quarto vou logo direto ate ao quarto de Jungkook alias,desde que ele tinha desmaido que eu não sabia de nada, os meus passos aceleravam na esperança de não chegar muito atrasada, quase corria, mas sem querer acabo por ir contra uma pessoa, um rapaz neste caso, alto, cabelo castanho claro.

- Desculpa, eu sou mesmo desastrado, tás bem? - Ele diz a ajudar me a recompor. A voz do mesmo era grossa também mas muito suave, ela conseguia se contrastar a si própria.

-Eu que peço desculpa, eu não o vi, e sim estou bem e o senhor..- Meu olhar procura pela identificação e percebo que era um dos doentes, meu olhar para na cara dele novamente e o mesmo sorri docemente, um sorriso meio quadrado, retribuo o sorriso e olho o cartão novamente vendo com atenção o nome lá escrito. - Senhor Kim Taehyung, eu sou a S/N, não se preocupe, eu que também ia a correr porque estava atrasada e .. - Arregalo os olhos me lembrando que estava atrasada e estava na conversa sorriu e passo a mão no ombro do mesmo e falo correndo de seguida e me afastando - Desculpa mas eu estou atrasada.

Olho para trás e o vejo acenar, e olho para a frente novamente continuando o caminho até ao quarto dele, vejo a porta em frente e paro de correr andando e respirando fundo para não parecer cansada, paro em frente a ela e pego a chave a abrindo, olho em volta da sala vendo a imagem que já estava a espera, ele estava novamente sentado contra aquela parede fria e agarrava os seus joelhos, percebi que aquela posição era e seria sempre aquela, respiro fundo e fecho a porta, a minha mão desliza pela mesma e viro me indo em passos lentos até ele e agacho me a sua frente.