O amor sempre prevalece..

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Comecei a me levantar novamente enquanto arranhava minha pele com minhas unhas e, quando estava novamente de pé, fechei meus olhos e voltei a rebolar até que senti uma respiração descompassada e quente perto de meu pescoço. Imaginei que fosse um cara qualquer prestes a me cantar, até que senti meu cabelo ser preso por uma mão e puxado, levando meu corpo de encontro à um peitoral forte. Abri meus olhos assustada e constatei tudo ao mesmo tempo: Neymar não estava mais no sofá e, antes que eu pudesse virar para trás aterrorizada, ouvi aquela voz rouca que eu sentia tanta falta soprar em meu ouvido “Você só pode estar louca”. O susto e a alegria de constatar que era Ney atrás de mim fizeram com que um gemido escapasse de meus lábios. Ele então levou sua outra mão ao meu pescoço, descendo pela lateral de meu corpo até chegar à minha mão, e me puxou até o sofá onde ele estava antes. Ao invés de sentarmos, ele colocou suas mãos em minha cintura e me empurrou contra a parede ao lado. Me assustando e, assumo, me excitando, mais ainda. 

- Que porra você pensa que está fazendo? 

- Dançando. E além do mais, eu não te devo satisfação nenhuma. 

- Deve sim. Primeiro, você pode estar estupidamente gostosa nesse vestido, mas a única pessoa que tem direito de vê-la nele sou eu, e você vem logo pra cá vestida nisso. Segundo, dançar daquele jeito é só pra mim. 

- Eu nunca ouvi tanta possessividade numa fala só. Você não tem direito de porra nenhuma. Eu não sou nada sua. Aliás, tira a mão de mim. - Me desafiando e provocando como ele tanto amava fazer, Neymar me prensou mais ainda contra a parede, apertando com mais força suas mãos em minha cintura e deixando seus lábios a centímetros dos meus. Seu hálito convidativo caía dentro de minha boca, fazendo com que eu me esquecesse de respirar. 

- Agora eu entendi. Você só podia estar bêbada pra fazer todas essas loucuras. 

- Eu não estou bêbada. Me larga. - Tentei me desvencilhar de seu aperto e ele começou a roçar seus lábios nos meus, me paralisando. 

- Eu consigo sentir o cheiro do álcool, amor. Se eu te soltar, você nem vai conseguir se manter em pé. Não sabe o que está falando e é por isso que eu vou te levar pra casa. Chega de showzinho por hoje. - Eu me arrepiei quando ele me chamou de “amor” naquela voz de veludo. E eu sabia que ele tinha razão: só tive coragem de fazer tudo o que fiz graças à tequila. E o seu corpo pressionado contra o meu me fazia esquecer de como me movimentar. Mas eu não daria o braço a torcer. Nunca

- Eu não vou com você pra lugar nenhum. 

- Vai sim. Por bem ou por mal. Como você preferir. - Não era a primeira vez que ele me dizia isso e eu sabia que ele me carregaria se eu continuasse a bater o pé. Odiava ser carregada que nem uma criança rebelde. 

- Tudo bem. Mas você vai me deixar na porta da minha casa. Entendeu? 

- Vamos logo. - Ele tomou minha mão e eu suspirei com o choque que sempre corria pelo meu corpo quando nos tocávamos. Saímos do Rhodes rapidamente e, quando eu percebi, já estávamos entrando na BMW de Neymar. O cheiro arrepiante dele infectava todo o carro. Aquilo só fazia com que eu me desesperasse. Olhei para o banco de trás e uma avalanche de memórias inundou minha mente, fazendo até com que eu sentisse meu corpo começando a queimar. Olhei para Ney e ele estava me encarando com aqueles verdes incendiários. Parecia relembrar as mesmas memórias que eu, pois deu aquele sorrisinho de lado que me fazia formigar por dentro. Desviei meu rosto para a janela, tentando respirar fundo, e ele deu partida no carro. Eu comecei a rezar para chegar rápido, porque, quanto mais o tempo passava, mais eu deixava de ver maneiras de resistir ao irresistível. 

Capítulo Único - Skin! WebBrumarOnde histórias criam vida. Descubra agora