Avistei Gil dançando com uma garota perto de Neymar. Me encaminhei e parei na frente de Gil, lançando um olhar de desprezo para que a garota nos desse licença. Gil sorriu pra mim, ao mesmo tempo em que me encarava com um olhar confuso.
- Oi, Bru. Você está linda!
- Oi, Gil, obrigada. Quer dançar comigo?
- Eu adoraria, Bru, mas não sei se é uma boa ideia... - Ele passou a mão pelos cabelos enquanto virava o corpo para observar Neymar. Puxei seu rosto de volta para mim.
- Foda-se ele. - Levei minhas mãos ao pescoço de Gil e colei meu corpo ao seu, começando a rebolar com o ritmo da música. Encostei meu queixo em seu ombro e encontrei coragem para buscar os olhos de Neymar novamente. Encontrei aqueles dois poços verdes me encarando furiosos e lhe encarei desafiadoramente de volta. Desci minhas mãos pelos ombros de Gil, levando-as até seus braços expostos pela regata preta. Percebi então que suas mãos continuavam paradas ao lado de seu corpo. Porra, Gil, me ajuda aí, né. Olhando fundo nos olhos verdes que me encantavam, aumentei minha ousadia e levei meus lábios ao seu pescoço. Neymar se desvencilhou da garota em cima dele enquanto fechava os punhos em cima do sofá. Eu podia ver sua respiração ofegante de tanta raiva. Não contive abrir um sorriso com sua reação e Gil percebeu o que eu estava fazendo:
- Você está fazendo tudo isso só pra provocar o Júnior, né? Você é cruel, Bru. - Ele gargalhou para mim.
- E você não está me ajudando muito a fazer ciúmes nele, né, Gil. Poxa, nem pra segurar minha cintura!
- Bru, ele é meu melhor amigo. Eu entendo que você esteja puta com ele, mas nunca encostaria a mão em você. Ele me mataria. Já deve estar querendo me socar só por você estar encostando em mim. Da minha parte, não farei nada. - E para deixar seu ponto mais claro, ele colocou as mãos nos bolsos de sua calças jeans, como se quisesse demonstrar a todos que eu estava usando-o como um boneco.
Porra de amizade forte desses dois. Mas, na verdade, eu admirava Gil mais ainda por isso. E no fundo eu sabia que ele nunca me tocaria. Era por isso que eu tinha confiança nele para praticar meus joguinhos de irritar o Neymar. Me afastei de Gil, dando alguns passos para trás, e comecei a dançar sozinha. Eu queria agora atingir o ciúme louco de meu ex-namorado por conta dos outros homens no recinto. Levei uma das minhas mãos ao meu cabelo, enquanto descia a outra pela lateral de meu seio, até meu quadril. Continuava rebolando no ritmo lento da música. Fui descendo um pouco meu corpo e levei uma de minhas mãos à coxa exposta pela fenda do vestido.
