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Luiz virou o rosto para mim imediatamente e se ajeitou na cama.

— O que tem para falar? — Pergunta franzindo o cenho.

— Eu estou com medo dele, Luiz. — Falo nervosa.

Eu deveria mesmo contar para ele? E se Mateus fizer minha mãe ficar contra mim? E se ele espalhar boatos sobre mim?

— Com medo? Medo de quem Mai? — Pergunta confuso.

— Do Mateus. — Falo coma voz fraca. — Ele meio que me assediou, disse que se eu contasse para minha mãe ele iria colocar ela contra mim, irá dizer para ela que eu que estava dando em cima dele.

— Filho da puta! — Ele levanta da cama. — Eu vou matar aquele desgraçado. Ele relou em você?

— Ele estava acariciando minhas coxas, disse que era somente um "carinho." — Digo com nojo ao lembrar da cena. — Eu não deixei ele continuar, é claro.

— Tem que contar para sua mãe e fazer uma denúncia na delegacia. — Sifoleli diz.

— Eu vou contar, só não sei como! Ela está tão feliz! E se ela não acreditar em mim? — Falo me levantando.

— Mai sua mãe te ama! E se ela não acreditar eu vou estar aqui com você e vamos desmascarar aquele merda. — Luiz fala vindo me abraçar.

Selo nossos lábios em um beijo calmo. Paro quando ficamos já sem fôlego, encosto minha testa na sua e sussurro um "Eu te amo".

— Eu também te amo. — Sussurra de volta.

Vou até o banheiro para tomar um banho e depois de sair e me trocar mando um SMS para minha mãe, dizendo que precisávamos conversar. Luiz foi para a Empresa, então eu fui sozinha mesmo. Entrei em minha casa e perguntei onde estava Mateus, ela disse que ele estava no trabalho e que só chegaria de noite, ótimo.

— Então, o que quer conversar comigo filha? — Ela pergunta.

Vê-la feliz é maravilhoso, e só de pensar que sua alegria irá se acabar em alguns segundos parte o meu coração. Minha mãe nunca mais havia se relacionado com alguém depois da morte de meu pai, e infelizmente Mateus foi o escolhido dela. Aponto para ela sentar no sofá e logo eu me sento ao seu lado.

— Promete que irá acreditar em mim? — Pergunto e ela concorda. — É o Mateus, mãe...

— O que tem ele? — Pergunta desconfiada.

— Ele meio que me assediou e ainda por cima me ameaçou se eu contasse para você. — Falo segurando o choro. — Foi horrível, me sinto suja.

— O que? Quando ele fez isso? Isso é verdade Maiara? Não está mentindo só para eu terminar com ele né? — Ela pergunta assustada.

— Hoje mais cedo. Não, eu não iria mentir com umas coisas dessas mãe. — Digo me encostando no sofá.

— Eu vou matar ele! Eu confiei nele! Eu coloquei ele dentro de minha casa! Eu não acredito que ele fez isso com minha bonequinha. — Ela começou a gritar.

— Mãe, fique calma. — Tento fazer ela relaxar mas não funcionou muito.

— Eu vou matar aquele desgraçado! Ele relou em minha filha e ninguém rela um dedo em você sem a sua permissão. — Novamente ela grita. — Vamos para a delegacia agora.

[...]

Mateus Cavill, esse não era o seu nome verdadeiro, seu nome verdadeiro é Franco Santoro. Ele foi solto da cadeia a dois anos atrás, foi preso por abusar sexualmente de sua sobrinha, e pelo jeito ela não foi a única, ele abusou de quinze mulheres e cinco delas eram menores de idade. O delegado disse que ele pegou uma pena de vinte anos, para mim isso ainda é pouco.

— Uma pena eu não ter te fodido, Maiara. Eu te deixaria arregaçada. — Fecho os olhos fortemente e aperto à mão de Luiz ao ouvir às palavras imundas de Mateus, enquanto ele era algemado. — Eu vou voltar.

— Vamos embora. — Luiz sussurra. — Não ligue para esse idiota.

— Eu gostaria de ter quebrado a cara desse cara. — Shawn diz e os outros meninos concordam.

Abraço minha mãe e meus amigos que se encontravam na sala. Me despedi de todos e fui para casa com a minha família. Eu sinto nojo de Mateus ou Franco, que seja. Tomara que ele apodreça na cadeia por ter abusado daquelas mulheres e daquelas garotinhas inocentes. Eu espero que ele não volte, nunca mais.

Oh, Yes Daddy! ⭐️ (MaiLu)Onde histórias criam vida. Descubra agora