Eu sou tão, mas tão vulnerável. Eu não percebia isso antes, não havia como, mas agora vejo... Despretensiosamente vulnerável. Não que isso seja tão terrível a ponto de me fazer cair (e é), mas é tão desesperador enxergar que eu sempre vivi negando todas as migalhas de sanidade que sempre habitaram em mim, me fazendo ignorar o fato que eu sou sim, suscetível, frágil, debilitadamente vulnerável e quaisquer outros sinônimos disso. Eu realmente queria ser forte por mim, apenas por mim, contudo creio que o amor próprio não se encaixe nos meus devaneios. Nunca encaixou-se. Eu suporto pelo outros. Eu tento mostrar algum ponto de bravura pelos outros, todos aqueles que amo. Eu me seguro firmemente pelos outros. Talvez exista um pouco de bravura nisso, e nisso eu me apoiava.
Eu menti para mim mesma, eu me deixei acreditar que realmente tinha coragem, que realmente poderia suportar. Tola, a ponto de acreditar na própria mentira. Mas no fim, eu não tenho nada. Eu não sou nada. E sou mais fraca do que pensei que fosse e realmente não suporto como pensei que suportaria. Porque cheguei a um ponto onde nada do que idealizei como verdade importa...
Afinal, quem nunca quis ser o herói? Quem nunca quis ser o responsável por salvar o dia? Quem nunca? Talvez eu tenha sido boa para alguns, talvez eu tenha me esforçado pra fazer o que era certo alguma vez na vida. Mas meu erro... foi nunca perceber que eu nunca, nunca fui de aço, nunca fui a droga de um diamante, nunca percebi que eu só fui uma simples pedrinha bruta com o sonho pessoal de ser lapidada, de ser valorosa. Nunca percebi que sempre fui vulnerável... sujeita à tudo e todos.
No final eu não posso, ninguém pode, sobreviver como um fantoche ou lutar com armas de brinquedo...
YOU ARE READING
alma exposta
Randomescrever me dá paz. escrevo para aliviar dores emocionais. escrevo para sobreviver. e aqui, nesses textos, eu exponho minha alma para quem quiser vê-la. sinta-se bem vindo, aconchegue-se, a alma em questão é minha, mas pode ser a sua.