depois do choro contido e do desespero disfarçado, eu resolvi me reerguer. percebi que me enganar e esconder minha dor não aliviaria nada. vi que eu precisava de uma redenção e eu seria a única pessoa que poderia fazer isso por mim. me salvar.
é certo que sempre precisei de algum apoio, sempre precisei de uma opinião regada à críticas para me manter de pé ou me deixar cair de vez. paradoxalmente, nunca tive vontade de sair gritando à plenos pulmões tudo o que eu sentia. ou temia.
meu discurso pessimista me fazia afastar os outros conscientemente, temendo ser apenas mais uma pedra no sapato polido de alguém. nunca gostei de me abrir sobre minhas emoções e meus sentimentos e talvez isso não mude. porque no fundo, continuo temendo e temendo.
depois de tudo, aqui no final, não mais no escuro, depois das lágrimas e do desespero que eventualmente combato, a minha ascensão veio. não é nada comparada à qualquer outra, mas estou satisfeita com o neu resultado pessoal de tentar ser melhor. parei de fingir que não existia dor e passei a tentar curá-la. parei de assistir o meu afogamento e aprendi a nadar. às vezes a gente só precisa de um impulso pra se erguer e virar o jogo... e às vezes, basta enxergar um outro ponto de vista...
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alma exposta
Randomescrever me dá paz. escrevo para aliviar dores emocionais. escrevo para sobreviver. e aqui, nesses textos, eu exponho minha alma para quem quiser vê-la. sinta-se bem vindo, aconchegue-se, a alma em questão é minha, mas pode ser a sua.