Capítulo 2 (Não Revisado)

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Por Isabelle

Era de noite, hoje parecia que ia chover muito, e se tem uma coisa que eu amo, é correr em minha forma de loba, pela floresta, enquanto sujo meu pelo em poças de lama. Infelizmente meu dia estava acabando, mas até que foi bem legal. Nesse momento eu estou terminando de jantar, junto com meus pais e o Jake.

- Então, filha.. Já está começando à chover - Falou depois de ter dado uma breve olhada pela janela que tinha na cozinha. - Você vai ir pra floresta?

- Sim, quer dizer.. Já estou indo. - Falei ao acabar o meu jantar.

Coloquei a louça na pia e me dirigi até a porta de casa, sai e fui até a floresta. Nesse momento eu já estava bastante molhada, pela chuva que estava começando à engrossar. Tirei minha roupa, escondi em uma toca de raposa e me transformei. Ergui minha cabeça e uivei, logo comecei a correr entre as árvores. Eu desviava de galhos e saltava pedras grandes. Meu pelo já estava encharcado, e um tanto pesado também. De longe, vi uma enorme poça de lama, corri até ela e me joguei na mesma, começando a rolar, deixando minha barriga rosada exposta. Esse é um dos pontos fracos de um lobo ou uma loba, qualquer coisa que o atacar, vai direto em sua barriga, rasgando e deixando o oponente fraco e na beira da morte.

Meu pelo que antes era branco, agora se encontrava totalmente marrom, com a cor deslizando por causa da água da chuva. Escutei um barulho de galho de quebrando, e rapidamente me levantei, ficando com as orelhas em pé, atentas à qualquer ruído. Do nada uma coisa pulou em minhas costas, quando eu ia atacar, senti pelo cheiro que era a desgraçada da Bea. Rosnei alto.

Pensamento on:

Eu: Bea sua imunda, filha do inferno, desgraçada. Nunca mais, repito, nunca mais me dê um susto desses.

Bea: Tá, calma. Foi só um teste, pra ver se você sobreviveria à um ataque surpresa. E bom, você falhou. Certeza que daria um belo banquete para lobos carniceiros.

Eu: Credo, agora me deixa. Sua presença me deixa com ânsia de vomito.

Bea: Me ama.

Pensamento off..

Quando eu vi que a Bea não iria me deixar sozinha. Abaixei a cabeça, negando, a chuva estava aumentando cada vez mais, de longe dava pra escutar o barulho da água corrente da cachoeira que tinha aqui perto. A alcatéia Lua Azul, que é essa, fica perto de outras duas alcatéias, a Lobo das Sombras, e a Lua de Prata. Por isso, de vez em quando encontramos vários outros lobos correndo por essas bandas. Mas bem perto de todas as alcatéias, fica a maior de todas, a Lua de Sangue, a alcatéia do Supremo Alfa. Ela fica mais perto daqui, do que das outras, mas nunca tive muita coragem de chegar à pelo menos, 150 metros de distância dela. Mas.. Eu gosto de desafios, e esse é um, então.. Que tal eu ir hoje? Agora, para ser mais exata. A chuva iria ocultar um pouco do meu cheiro, deixando eu chegar à pelo menos 20 metros de distância dela. É isso, eu irei hoje na alcatéia do supremo.

Me virei e comecei a correr bem rápido, eu não tinha percebido que a Bea tinha desistido de ficar comigo, mas é melhor assim. Corri como nunca, até conseguir avistar a alcatéia Lua de Sangue, parei de correr rapidamente, me aproximei devagar dela e me escondi atrás de uma árvore, de longe eu já conseguia ver alguns lobos e lobas tomando banho de chuva, alguns lobos patrulhando o local e tinha dois lobos, eles eram os maiores do local, e a alguns metros deles estava alguns "soldados" armados, como se estivessem os protegendo.

Como se eles precisassem ser protegidos, bleh.

Entortei minha cabeça de loba, eu nunca tinha visto o supremo, mas um deles parecia ser o supremo, e acho que o outro era o beta supremo. Me destransformei, mas sem querer bati com o pé em uma pedra média. Coloquei a mão em minha boca, estrangulando um palavrão. Quando percebi, a pedra já estava caindo, adentrando a alcatéia. Ela parou um pouco perto do supremo, arregalei os olhos, enquanto ele a olhava, tentando entender o porquê dela ter caído.

Merda! Estou completamente fudida. EU VOU MORRER, E AINDA NEM TIVE A CHANCE DE TER UMA PISCINA CHEIA DE DOCES.

Ele levantou a cabeça rapidamente, olhando em minha direção, com isso, escondi meu corpo atrás da árvore, pedindo à deusa da lua que tivesse piedade de mim, que se eu fosse morrer, que seja uma morte rápida. Me virei um pouquinho para olhar o que estava acontecendo, vi que os "soldados" queriam vir, mas o grande lobo de pelagem extremamente preta, olhos vermelhos sem nenhum brilho, fez um sinal de que ele mesmo viria para ver o que fez a pedra cair.

Tudo isso só por causa de uma pedra infeliz.

Quando vi que ele estava se aproximando, meu instinto de sobrevivência falou alto, falou não, gritou. Meu coração estava acelerado, então, corri, na forma humana mesmo, eu podia sentir que ele estava se aproximando, correndo em minha direção. Eu não iria me transformar, ele não poderia ver a minha loba, se ele à visse, iria me caçar. Eu já estava ficando cansada de correr, estava quase me jogando na frente dele e dizer para que o mesmo me matasse logo. Como diz um ditado: A curiosidade matou o gato!

Quer saber? Foda-se, eu vou me transformar sim.

Com um único salto, me transformei, começando a correr mais rápido, dei uma olhada para trás para ver se ele tava desistindo de correr atrás de mim, mas quando eu me virei para me afastar dele por completo, senti meu corpo se chocar com uma enorme árvore. Como eu bati minha cabeça, senti uma enorme tontura e meu corpo amoleceu, fazendo assim eu cair com tudo no chão. A última coisa que vi, foi o enorme lobo parando de correr e caminhando lentamente até meu corpo caído no chão.

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A Suprema Híbrida e o Supremo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora