✔ [Liam Payne FanFiction]
Catherine Lane tinha 15 anos quando 'destruíram' tudo o que ela achava conhecer. Em pouco tempo sentiu que não pertencia em Queens, sentiu que já não era a sua casa e acima de tudo, sentiu que era um fardo para a sua famí...
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Ela conseguiu. Ela rachou as minhas defesas e destruiu-as. Ela conseguiu com que eu explodisse. E eu tentei esconder, Deus sabe o quão eu lutei com tudo o que tinha cá dentro para manter o segredo. Eu não queria que ela descobrisse, eu não queria que ninguém descobrisse a razão de eu ser quem sou hoje.
Os seus olhos azuis quase saltaram do rosto e o seu queixo estava caído com o choque. O meu olhar caiu para o soalho do quarto como se fosse a coisa mais interessante. A Dr.ª Sheppard e eu discutimos formas de como lhes contaria, hipoteticamente falando, mas em nenhuma das possibilidades eu gritaria aos quatro ventos.
"Agora já sabes." Falo e sento-me na cama enquanto esfrego o rosto com as mãos. "Este é o grande segredo." O meu tom saiu sarcástico. "É por isso que eu deixei meu irmão espetacular, é por isso que deixei o meu pai fantástico e a minha mãe extraordinária. É por isso que eu deixei Queens e vim para aqui. Eu queria fugir para onde eu não tivesse um ataque de pânico sempre que saía de casa. Eu queria fugir para onde ninguém me conhecesse." Eu explico olhando para o chão. "Eu não falo do meu passado por alguma razão, Louisa, e tu devias saber respeitar as minhas decisões mas não, tu tinhas de querer saber, não é? É por causa do meu passado que eu fiquei tão defensiva ontem porque a forma como tu agiste fez-me lembrar quem eu era há quatro anos atrás." Murmurei. "Há quatro anos atrás, eu era esta miúda estúpida que fazia tudo o que os outros lhe diziam e que nunca quebravas as regras, preocupava-se sempre com os outros pensavam dela." Falei exasperada, fechei os olhos com as minhas próximas palavras. "É por isso que estou a tentar não me apaixonar pelo Liam porque eu não faço a mínima ideia do que é o amor."
"Cat—"
"Não, Lou," interrompi, "eu não preciso da tua pena ou compaixão." Murmurei. "Eu consigo vê-lo nos teus olhos e não preciso disso. Já passei por isso em Queens."
"Eu não sei o que pensar ou o que dizer." A loira balbucia e senta-se a meu lado. "Eu não sei como—"
"Podes tratar-me como sempre me trataste." Interrompi-a novamente. "Eu não sou uma boneca de porcelana que se vai partir a qualquer momento. Já não sou aquela menina frágil de antes. Isto é algo que eu vou carregar comigo para o resto da minha vida."
"Eu peço imensa desculpa, Cat." Ela disse segurando as minhas mãos. "Eu não devia ter-te pressionado daquela forma. Eu não pensei, armei-me na coscuvilheira do costume—"
"Esquece," interrompo, "eu— eu ia contar. Eventualmente." Confesso, os seus olhos azuis estavam cheios de lágrimas. "Eu tenho tido consultas com uma psicóloga há cerca de um mês e ela tem tentado convencer-me a contar mas— eu nunca tive a coragem de o fazer."
"E todas aquelas noites em branco?" Perguntou cautelosamente.
"Pesadelos." Digo-lhe.
Louisa não disse nada e ambas ficamos em silêncio durante o que me pareceu horas.
