3. Revelation

45 0 0
                                    

Precisava-se de provas. E eu estava louca pra ir atrás de cada uma delas.


9 de janeiro de 2085, terça-feira

Passei uma parte do dia onde eu e Aaron estávamos trabalhando no dispositivo pra voltar pro passado. Era um dos laboratórios que ele trabalhava, um dos que estavam abandonados e não eram utilizados há décadas. Ele sabia muito, assim como eu. Antes de me tornar diretora, eu era responsável pelo laboratório do FBI, mexia com softwares, provas de crime, rastreadores, banco de dados e tudo mais.

Aaron tentou fazer alguns testes e foram falhos, como, por exemplo, fazer voltar o mesmo no tempo há 5 minutos atrás.

– Que droga. – disse jogando um dos pregos soltos em cima da bancada. Me aproximei do mesmo tentando aliviar a situação.

– Sabíamos desde o começo que ia ser difícil, certo? – depositei a mão em um dos seus ombros. – Vão ter muitos testes e falhas para logo vir um acerto. Eu não sei você mas eu confio nesse projeto cegamente.

– Eu queria que tudo resolvesse logo, estou perdendo a cabeça com o dispositivo. – disse se sentando em uma cadeira próxima a mesa, posicionando o cotovelo em cima do joelho apoiando o queixo em sua mão. – Sem contar que vamos fazer a investigação que você pediu.

– Bem lembrado, quando podemos começar?

– Já devíamos ter começado, princesa. Eu sigo suas ordens, você é quem manda. – dei um sorriso de canto com essa resposta.

– Você não acha estranho todos esses bombardeamentos? Seja sincero.

– Escute, Claire. – fez uma pausa momentânea. – Pode até ser estranho mas você sabe que precisamos de uma prova para concretizar. Às vezes pode não ser nada ou pode ser tudo. Vamos dar um passo de cada vez, ok?

Assenti arrumando meu jaleco no corpo, o qual Aaron tinha me emprestado assim que entrei no laboratório, já que o meu eu não usava mais.

– Mas sabe, Aaron, eu realmente espero que a minha intuição esteja certa para poder acabar com toda essa merda que estão fazendo.

– Eu acredito em você. Sua intuição realmente é muito boa.

– Fazer o que né – joguei o cabelo fazendo uma cara de convencida.

Terminando de analisar todos os testes com inúmeras falhas, parei pra comer em um restaurante japonês com Aaron, era rodízio então comemos absurdos, e logo voltei para o prédio principal do FBI.

Kayla veio apressada quando me viu.

– Você vai querer ver isso. – disse me entregando um digital com uma tela maior. Era um vídeo de uma execução. De 3 homens. Políticos. Ah, droga.

– Me explica. Quero as informações. – disse o óbvio.

– Tudo indica que é um ataque terrorista. O reconhecimento facial verificou no banco de dados e descobriu o nome dos três políticos. Mas Abigail não conseguiu ainda localizar os terroristas por causa dos seus rostos cobertos – confirmei com a cabeça. – Eles estão planejando um bombardeamento no aeroporto.

– JFK Aiport? – ela assentiu. – Meu Deus. Quero que Abigail procure se há metadados no vídeo e tente localizar eles, se não tiver metadados, eu quero que ela tente um contato com eles pra poder rastrear. Quero James no comando da operação, se precisar de reforços, ele já sabe como solicitar. Qualquer coisa, me mantenha informada. – Kayla saiu com rapidez do escritório indo passar todas as informações.

O bom de ter assumido esse cargo era que eu não precisava ir nas operações. Eu adorava ir mas quando as coisas tornam proporções maiores, a situação fica complicada. É fácil de encontrar cicatrizes em todo o meu corpo por conta disso. Eu tinha uma equipe a qual eu dava as ordens, ou seja, uma falha minha e poderia custar a vida de muitos.

Running OutOnde histórias criam vida. Descubra agora