Running Out

4. Eight rules

– Não é por isso que deve me agradecer. – disse com mais calma. O olhei confusa. – Quem você acha que te indicou para esse cargo no FBI, Clarissa?

Ai meu Deus. Foi ele.

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Demorei um pouco pra raciocinar tudo o que estava acontecendo. Foi realmente uma facada no estômago, então esse cargo não foi por todo meu esforço.

– Pensei que ficaria feliz. – ele disse um pouco cabisbaixo? Não sei exatamente descrever o tom de sua voz.

– Você está brincando comigo, não é? – o encarei incrédula. – Esse tempo todo eu pensando que era pelo meu esforço e você vem me dizer que basicamente me deu o trabalho?

– Clarissa, você é um destaque. Foi sim pelo seu esforço, não iria indicar alguém à toa. Só lhe dei um empurrãozinho para conseguir o cargo.

Eu nem conseguia encarar ele, eu realmente estava perplexa.

– Agora, que já sabe, digamos que você me deve uma, certo? – seu sorriso era de convencido.

– Não mesmo, eu não pedi pra você me dar esse cargo. – ele foi se aproximando de mim.

– Sabe, Clarissa, eu admiro muito a sua inteligência. Você sabe muito bem o que eu quero. – olhou diretamente em meus olhos, se aproximando perto demais do meu rosto.

– Olha, Sr. Bieber, se foi para isso que você me chamou, então tchau.

– Eu sei muito bem sobre a máquina, Clarissa. Eu pago o preço que for. E já disse para me chamar de Justin, por favor.

– Por que tanto interesse, afinal? – arqueei a sobrancelha, ignorando totalmente o modo como devo chamá-lo.

– Isso já é coisa minha. Não posso lhe contar ou isso pode mudar muita coisa.

– Pois a máquina é coisa minha e não está à venda. Agora, se me der licença, vou embora. – disse ajustando minha bolsa no ombro e foi quando ele segurou meu braço.

– Fique para jantar, não insistirei mais no assunto, a não ser que você queira. – hesitei por alguns segundos. – Por favor. – ele soltou meu braço e eu concordei com a cabeça.

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Comemos em silêncio assim que o jantar foi servido por um de seus robôs, não era o mesmo que tinha me acompanhado.

– Mas então, me conte mais sobre você. O que está achando sobre ser a diretora do FBI? É um cargo e tanto. – logo em seguida bebeu um gole de seu vinho.

– Não tenho muito o que contar. É ótimo ter aquela sala incrível e sim, é um cargo e tanto. – voltei a mexer em meu garfo, brincando com a comida.

– Hm, sim. Fico feliz que tenha gostado. – sorriu gentilmente. Por que diabos você está sendo legal comigo?

O assunto sobre mim não se estendeu. Eu realmente não conseguia ficar calada.

– Então, hm, Justin? – ele olhou para mim – Triste esses bombardeamentos, não é? Como está se posicionando em relação a isso?