Capitulo 32

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Me levantei de cima da mala onde eu me sentava, eu a encarei e meu nome saiu em um sussurro pelos seus lábios, eu nem sei o que dizer pra ela, não é simples e também não seria a melhor maneira de falar que não era eu por que era, mas o vídeo já era antigo, foi bem antes de eu a conhece-lá.

"O que faz aqui?" Sua voz era pura desilusão e frieza.

"Vamos conversar."

"Conversar? Vai me dizer também que não era você?" Deu uma risada sem humor.

"Era eu sim." Seu olhos que encaravam o chão logo me olharam arregalados.

"Que bom que você está sendo verdadeiro."

"Eu sempre fui verdadeiro contigo." Meu olhos coçaram.

"Vocês podem conversar lá dentro?" Melissa apareceu na porta. Já dentro da casa Anna se sentou ainda perdida.

"Eu sei que está desiludida agora, mas..."

"Não, você não entende, eu confiei em você, e você atropelou tudo que eu sentia por você." Gritou, e senti uma facada no meu peito. Eu nunca senti tão ódio daquele vídeo como eu estava a sentir agora.

"E eu sei de tudo isso, mas você nem percebeu a diferença de tempo, de como eu era naquele vídeo, de como eu estou hoje."

"O que você quer dizer com isso?"

"Esse vídeo foi de dois anos atrás." Sua expressão tinha aliviado, mas eu sabia que ela lutava com o próprio consciente.

"Eu só quero que confie em mim, eu te amo, e eu nunca faria isso com você. Mas eu vou deixar você pensando, vou para o hotel, eu espero que não se deixe levar por algo que não é do nosso presente." Sai pela porta puxando minha mala de rodinhas. Suspirei alto e comecei a descer as escadas. Cheguei ao fim das escadas e a chuva batia na porta de vidro, ela tinha de voltar quando eu mais preciso de sair daqui, valeu. Mesmo com a chuva sai dali a procura de um taxi, a água batia fortemente contra meu rosto me fazendo recuar um pouco mais continuei andando .

"Luke?" Gritou meu nome.

"Porta Luke, para de andar." Ouvi sua voz cansada então logo parei e olhei pra trás. Ela arrancava os sapatos do pé de uma forma até engraçada, eu queria rir mais continuei serio.

"Esta chovendo aqui fora." Que afirmação boba, eu ri.

"Acho que eu já percebi."

"Luke."

"Anna?"

"Luke?" A chuva molhava seus lindos cabelos, e já estava ficando um pouco clichê! Revirei os olhos e me virei e voltei a andar.

"Luke? Espera por favor."

"Volta pra dentro, vai pegar um resfriado." Reclamei ainda andando. Voltei a virar pra ela, que pegava os sapatos do chão, ela me encarou assim como eu a encarava, já estava a ficar muito frio e a chuva nem para sessar um pouco. Olhei pro céu esperando que ela dissesse algo mais nada foi pronunciado, talvez ela decidiu voltar pra dentro. Assim que voltei a olhar pra baixo ela se encontrava na minha frente, um sorriso meigo domava seus lábios e tudo que eu queria era poder beija-lá. E de um momento pra outros senti seus lábios nos meus. Sorri entre o beijo, soltei minha mala e enrolei meu braços na sua cintura seus sapatos bateram levemente nas minhas costa e esperava que ela não mudasse de ideia logo depois, minha garota nervosinha e adorável. Nosso lábios se separaram e nossas testa coladas.

"Está frio. Muito frio!" Ela tinha os lábios tremendo pelo tempo que estávamos de baixo da chuva. Balancei a cabeça e ela segurou minha mão me puxando de volta pro prédio. Queria pergunta-lá se estamos bem, mais não irei lhe perguntar eu quero ouvi-lá dizer por si mesmo. Tentava conter ingenuamente que não tropeçasse nos degraus, enquanto subíamos ouvia ele pensar alto e logo deixai uma pequena risada sair entre meus lábios, senti seus olhos confusos em cima de mim.

"Você é adorável." Sorri e rapidamente sua bochechas ganharam cor, tão adorável. A porta voltou a ser aberta e fechada por mim. Melissa olhou pra nós os dois e arregalou os olhos.

"Vão se trocar, estão alagando minha sala." Reclamou.

A água quente do chuveiro aliviava nossos corpos tenso, meu olhos estavam fechado enquanto sentia a respiração quente do Luke contra meu pescoço e seus braço enrolado na minha cintura e meus dedo traçando linhas imaginarias no seus braços. Era essa paz que eu tanto procurava.

"Estamos bem?" Perguntou ele

"Estamos sim, eu confio em você, sei que fiz errado, mas foi um choque."

"Senti saudades." Disse beijando minha testa.

"Eu senti a sua." Colei nosso lábios num beijo lento, parecia que apenas um beijo podíamos transmitir tudo que estávamos sentindo.

"Eu te amo."

"E eu a você."

Different Summers | l.hOnde histórias criam vida. Descubra agora