Prólogo

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Tenho de resistir. Não posso ceder. Não, por favor. Eu vou ser forte.

Os meus olhos continuavam a incidir no pedaço de bolo no balcão da cozinha. Não, por favor não.

O meu corpo levanta-se da cadeira e de súbito dou por mim a devorar a fatia em breves segundos.

Eu sei o que se passou. Deixei passar esta, afirmando para mim mesma que não fazia mal. Tal como nas outras vezes.

Mas faz. Eu cedi.

As minhas mãos trémulas voam para a minha barriga que parecia aumentar cada vez mais.

A culpa e o arrependimento tomam conta de mim e corro até à casa de banho. Caio em frente à sanita, e forço o vómito. Outra vez.

As lágrimas caem pela minha face e encosto-me à parede tentando recuperar a sensibilidade e a minha pessoa. A pessoa que eu era.

“Eu gosto de cozinhar. Gosto mesmo. Mas não consigo comer. Não posso.” 

                   *Sunflower* 

Oh so dark and yet so light.

With yellow petals bright

And bursting seeds of night,

Blackness swallowing the light.

Sunflower, sunflower,

Won't you wake up!

Leave off this dark weather.

Put your pretty head up.

Put your pretty head up, Sunflower.

Light the room,

With your beautiful smile!

Put your pretty head up!

                                         - poem written by @Rosielaurel

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@mentalive1D

Sunflower |L.P|Onde histórias criam vida. Descubra agora