Sunflower |L.P|

Capítulo 1

Liam

Saí de casa e comecei a andar pelas ruas de Wolverhampton. Enervado com a solidão que se sentia em minha casa, caminho sem destino enquanto penso no que fazer. Sinto uma desconfotável sensação na barriga que me indica que deveria comer. Ignoro-a e continuo a andar tentando encontrar algum estabelecimento que capte a minha atenção. Passo pelo parque da cidade e em frente vejo uma pastelaria que, talvez  por causa do nome, me deixa curioso. 'Sunflower' . Decido arriscar e atravesso a rua. Assim que entro um delicioso aroma infiltra-se no meu nariz. Dirijo-me a uma mesa em frente à grande janela e observo a bonita paisagem de Wolverhampton tem nos meses mais frios do ano.

Uma pequena tosse faz-me olhar para o lado e vejo uma rapariga, deveras atraente, a olhar-me com um sorriso.

"Bom dia, bem vindo à 'Sunflower', o que deseja?" perguntou simpática.

"Primeiro de tudo gostava de saber o teu nome." pisquei-lhe o olho.

"Eu sou a Victoria." sorriu-me matreiramente "E agora, posso saber o que vai ser..." tentou arrancar o meu nome.

"Liam. Um cupcake de chocolate e moccacino por favor."

A loira virou-me costas dando-me oportunidade de apreciar. Quando regressa retira as coisas da bandeja e coloca-as na mesa. Espero que ela se retire, mas quando vejo que não o vai fazer, dou uma dentada no meu cupcake.

"Então, gostas de trabalhar aqui?" pergunto tentando fazer conversa. "Que indelicado, senta-te." pisco-lhe o olho.

A loira senta-se toda contente.

"Eu até gosto, mas servir às mesas não é o meu sonho." Respondeu.

"Hum, mas também cozinhas, tão delicioso como está, aposto que foste tu a fazer." aponto sedutor.

"Não." recebo um aceno de cabeça a negar, "Foi a Sunny." a loira aponta para a porta atrás do balcão.

Quando para lá olho, vejo uma rapariga baixinha a sair, o seu cabelo um pouco despenteado e a sua cara suja de farinha, enquanto carrega um tabuleiro com mais cupcakes. Põe-nos na vitrina, sorrindo depois satisfeita com o seu trabalho. Quando a sua cabeça sobe para olhar para a sua pastelaria, os seus olhos encontram os meus durante uns segundos. Os mesmo são de um tom esverdiado que, mesmo ao longe se faz notar. Mas há uma coisa que falta neles. Brilho. Por de baixo dos mesmos umas olheiras negras fazem-se notar, mas nem isso a faz perder o seu encanto. Fixado naqueles olhos, só me apercebo que a morena se vai embora constrangida, quando uma mão passa na minha vista.

Victoria olha para mim irritadiça, talvez pela atenção que dei a Sunny.

"Queres mais alguma coisa?" pergunta chateada.

"Calma gata. E que idade tens?" questiono tentando ganhar a sua atenção novamente.

"19." Ok, pouco mais nova mas mesmo assim parece um pouco infantil...

"E estudas?" ela acenou "O quê?"

"Teatro." respondeu.

Oh, vais ser uma rica atriz! o meu subconsciente atira com ironia.

"Ok, traz-me a conta por favor." respondo simplesmente.

Victoria vai ao balcão, digita algumas coisas no ecrã e volta com um papel na mão.

"Aqui tens" dá-me um sorriso, fazendo questão de o virar ao contrário possibilitando-me ver o seu número de telemóvel escrito.

Pago-lhe e levanto-me amachucando o talão e deitando-o fora. Antes de sair ainda vejo a cara da loira admirada a olhar para o caixote do lixo. Riu-me interiormente pela atenção que a mesma julgara que iria ter. Reviro os olhos e continuo a caminhar, desta vez com a morena desleixada nos meus pensamentos. Revejo mentalmente o estabelecimento do qual acabei de sair. Era acolhedor, clássico mas um tanto moderno. O gosto por girassóis era notado e uma coisa que me deixava alegre. Era colorido mas um tanto sombrio. Brilhante mas escuro. Transparente mas opaco. E esta mistura deixava-me intigrado por saber algo mais, tanto sobre o sítio como sobre a sua proprietária.

Decido parar com tais pensamentos que estão a dar comigo em doido. Pego no meu telemóvel e pesquiso nos contactos quem procuro.

«Sim?» ouve-se do outro lado da linha.

"Haz? É o Liam."

«Hey Li. Que precisas?» ouço-o questionar e fico pensativo por uns momentos. O que é que eu quero mesmo? « Liam? Estás aí?'»

"Hum... o quê? Ah sim, era para saber se queres jantar em minha casa? Leva-se umas pizzas e jogamos um bocado..."

«Okay. Mas tens a certeza que é só isso?»

"Erm... tenho. Leva umas cervejas e eu trato da pizza. Às 8 lá."  respondo e desligo o telemóvel sem lhe dar tempo para responder.

Volto para casa e arrasto os meus pés pelas escadas acima, chegando ao meu quarto. Atiro-me para a cama tentando dormir, não tendo nada mais com que me entreter.

*

Acordo e olho em volta no meu quarto parando no despertador. 4.49pm. Levanto-me sem saber bem o que fazer. É por isto que por vezes prefiro a semana. Sábado às vezes é tão deprimente. Nunca sei o que fazer.

Acabo por ir até à casa de banho. Tomo um duche rápido e visto a primeira coisa que me vem à mão. Ando até me frente ao espelho e ajeito o cabelo com um pouco de gel. Eu só vou ao supermercado, mas nunca se sabe quando se encontra uma gaja gira. Ponho perfume e saiu da divisão. Pego nas chaves de casa, carro e no telemóvel e saiu de casa em direção ao mercado mais próximo.

Assim que chego saiu do carro e vou em direção aos corredores desejados. Quando tudo o que necessito se encontra no cesto pago e venho-me embora.

Pouso tudo na cozinha e sento-me no sofá fazendo zapping com o comando.

Quando faltam pouco mais de 10 minutos para Harry chegar encomendo as pizzas e espero.

A campaínha toca e levanto-me lentamente do sofá. Abro-lhe a porta e cumprimentámo-nos com um abraço.

"Então Bro, que cara." Harry goza. "Andas com falta de sexo." aponta divertido.

"Oh, se não ando Haz."

"Bem, eu conheci umas gajas que não são nada de se deitar fora hoje, se quiseres já sabes." ele propôs.

Ambos nos dirigimos à sala. Harry na poltrona e eu no sofá.

"Eu por acaso também conheci uma." ripostei.

"Ai sim? E que mais?"

"A gaja trabalhava num café onde fui tomar o pequeno almoço. Era de aproveitar, mesmo. Ainda me fiz a ela e assim, conversámos um bocado. A gaja era um bocado pita demais, mas aproveitava-se e bem. Ela deu-me o número dela, mas eu deitei-o fora." expliquei.

"Então, meu? Porque é que fizeste isso?" questionou um tanto confuso.

"Eu não faço ideia." abanei a cabeça em descrença.

Oh merda, porque é que eu fiz mesmo aquilo? Agora que preciso fodo-me. Merda.

________

HI! Então, este é o primeiro capítulo (não, assério?) e eu não sei bem o que dizer mesmo...

Nós estamos a pensar traduzir a fic em inglês so... I Hope you enjoy...

Não vou pedir para votarem porque só o fazem se quiserem mas nós íamos gostar...

De qualquer maneira, Bye!

Cstrange xx