Capítulo 1

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Universais.

Seres de diferentes raças, espécies e classes. Coisas criadas do Universo, com seus destinos traçados por ele. Com ou sem poder mágico, são criaturas deste mundo. O mundo Universal.

Avrinna era uma grande cidade que se encontrava em uma das maiores florestas dos Universais. Um lugar com tantos mistérios e intrigas, que tanto treinava seu povo para lutar quanto tinha humanos comuns vivendo por ali. Nessa cidade, era proibido habitante de poder mágico. Era permitida apenas força física ou habilidade mágica. Uma cidade cheia de personalidade e bem fechada.

Reinada por Anyba, que manteve o sistema de treinamento de seus ancestrais com a Academia J.L. Sworcruz. A academia oferecia preparações físicas para os alunos, inclusive conhecimento de luta e sobrevivência. Além de estudos avançados. Por aquele ser um mundo tão amplo, a busca pelo conhecimento nunca parava por ali.

Avrinna tinha viajantes, guerreiros, historiadores... Todos sempre em busca do conhecimento ou de luta ou cientifico.

Mas ainda era uma cidade cheia de segredos...

Grett estava impaciente no corredor da academia J.L. Sworcruz, na ala da Rainha, que estava de visita na academia. Andava com os seus panos de camurça verde, arrumados em uma túnica, de um lado para o outro. Mantinha a cabeça careca baixa, enquanto brincava com o cachimbo entre os lábios secos.

- Ora, mas essa Rainha me da um bocado de trabalho – resmungou. – Grett, me aconselhe nisto aqui. Grett, como deveria chegar a esse resultado? Grett, como posso fazer isto? – fez uma imitação da Rainha Anyba. – Ah! Mulherzinha mais lenga, lenga! – atirou os braços para o alto e voltou a andar de um lado para o outro.

Neste instante, Val, um aluno da Sworcruz, passou com um carrinho cheio de papéis.

- Val, meu garoto! – sorriu e acenou com o cachimbo para o menino magricela, que sempre ficava um pouco assustado com o sorriso esquisito e carrancudo do velho Sábio por trás da comprida barba.

Val acenou enquanto se aproximava com um sorriso fechado, típico do menino.

- Tudo bem, sr. Grett? – perguntou com sua simpatia nata.

- Graças ao Universo, meu garoto, graças ao Universo. E como anda seu pai? – Grett fingiu não notar o sorriso quase imperceptível bambear e ficar sem graça. Fizera a pergunta de propósito.

Esse Sábio é muito conhecido por ser terrível.

- Acho que está bem, sr. Grett, não o vejo há semanas – o menino respondeu com um sussurro.

- Claro, claro. É o que se espera de um Pirata, não é mesmo?! Haha! As Marés já são suas casas.

- Sim, claro.

Grett ficou observando-o por um momento. Ele era alto, magrelo, usava óculos quadrados e pretos, com cabelo castanho-escuro cortado em tigela. Um menino bom e, na opinião de Grett, um menino simples.

- É uma pena que a vida sempre gasta o tempo das pessoas boas até elas serem felizes apenas no final, não é mesmo – Grett brincou um pouco com a fumaça do cachimbo. Val não respondeu, nem deu sinal de que ouvira. – Mas o que faz aqui, meu rapaz?

- Ah, estava indo entregar algumas provas a Rainha Anyba – o leve sorriso voltou nos lábios finos.

- Ah! – Grett fez cara feia e pôs a língua para fora. – Essa Rainha... Só da trabalho – ambos falaram juntos e riram depois. A risada de Grett era alta e debochada, não fazendo desfeita de sua personalidade.

O Sangue do ImpuroWhere stories live. Discover now