Aniversário

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Por Rebecca

Mais um ano de vida! E já são 31 anos...

Michael: -Bom dia!

Rebecca: -Bom dia Michael!

Michael: -Feliz aniversário meu amor!

Rebecca: -Obrigada!

Michael: -Já está velha, 31 anos!

Rebecca: -Eu não vou falar é nada!

Michael: -Se levanta margarida!

Rebecca: -Pra que?

Michael: -Pra que que as pessoas acordam? Vamos logo aproveitar seu dia!

Rebecca: -Você está preparando uma surpresa para mim?

Michael: -Sim!

Rebecca: -O que é?

Michael: -É surpresa!

Michael é assim, cheio de surpresas. O cara adora fazer isso!

Me arrumo e vou até lá fora da casa, e entramos num carrinho de golfe, racho é tão grande que precisa desses carrinhos (eu comecei até a ficar enjoada de tão longe que era) e ele me leva para um lugar que não tinha visto antes.

Rebecca: -Esse rancho é tão grande! Vai demorar?

Michael: -Já estamos chegando!

Chegamos numa árvore grande, muito grande, e lá tinha uma toalha de pique-nique e uma senhora, a qual eu não sabia quem era. Eu não estava entendendo nada.

Michael: -Pronto! Rebecca, essa é Maria Spencer!

Maria: -Lembra de mim pequena?

Nessa hora eu a abraço e choro de emoção. Ela é Maria Spencer, a mulher que cuidou de mim.

Rebecca: -Eu não acredito!

Maria: -Como você cresceu!

Michael: -Eu vou deixar as duas a sós!

Abraço o Michael e sussurro em seu ouvido:

Rebecca: -Obrigada anjo!

Michael: -Feliz aniversário!

Ele vai e ficamos eu e Maria.

Rebecca: -Já se fazem doze anos que a gente não se vê!

Maria: -Me lembro até hoje. Você com 18 anos, saiu do orfanato para dividir casa com uma menina que estudava com você.

Rebecca: -Era uma vergonha ficar lá no orfanato com 18 anos, eu já era adulta!

Maria: -Realmente uma pena, mas para mim você sempre foi a melhor criança que tinha lá.

Ficamos olhando o horizonte, até que eu pergunto a ela:

Rebecca: -Olha, eu já sou adulta, eu vou tentar entender, mas me diz, você conhecia meus pais?

Maria: -Não muito, mas eu lembro de quando você chegou lá.

Rebecca: -E Como foi que eu cheguei?

Maria: -Igual nos filmes: Numa noite chuvosa, estava tranquila até quando ouvi um barulho de porta. Achei estranho, pois estava muito tarde, mas fui atender e não vi ninguém, olhei para baixo e vi um cesto de fruta, só que não tinha fruta, tinha você! E tinha uma carta, que dizia que você já tinha um nome.

Rebecca: -Nessa carta meus pais falaram por que me abandonaram?

Maria: -Não, não falaram.

Rebecca: -Por que eles não me quiseram? Por que eu fui rejeitada? O que tem de errado comigo?-começo a chorar.

Maria: -Não fica assim, eles perderam uma menina incrível quando te abandonaram, não se sinta mal!-disse me abraçando.

Rebecca: -Tem razão! Bem, vamos mudar de assunto? Como estão as coisas lá?

Maria: -Estão bem...

Passamos a tarde inteira relembrando os velhos tempos, até que o Michael chega.

Michael: -Vamos pra casa?

Maria: -Mas a gente tá em casa!

Rebecca: -Quando ele diz casa, ele diz "casa-casa" não "casa-rancho"!

Maria: -Ah sim!

Rebecca: -Então vamos!

Chegamos na "casa-casa" e vimos balões coloridos com gás hélio, uma mesa com bolo, e Grace e Bill do lado.

Todos: -Parabéns pra você
Nessa data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida
Parabéns pra você
Nessa data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

Grace: -Viva a Rebecca!

Todos: -Viva!

Michael: -Faz um pedido e apague a vela!

Me inclino até a vela e faço meu pedido:

"Que as crianças órfãs não se sintam rejeitadas pelos pais, e sejam felizes"

I'm not your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora