A revolta

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Por Rebecca

Dias atrás...

 Fiquei tão envergonhada de minhas atitudes que fiquei com vergonha de falar com o Michael para eu pedir desculpas. Durante todo esse tempo, preparei um dossiê para provar a inocência do Michael, que conta até com um aúdio do Evan Chandler. Fiz com muita dedicação, estudei muito e fiz com a ajuda de alguns amigos da emissora.

Estou no caminho da reunião semanal e vou mostrar a matéria que fiz.

Rebecca: -Eu gostaria de comunicar a todos vocês que eu concordo com a inocência do senhor Jackson.

John: -Você tá maluca?

Rebecca: -Não, John! Fiz o que é de ofício da minha profissão, e o que era pra ter sido feito por todos nós, que é investigar o caso antes de acusar!

Diretor: -Com que fontes você investigou?

Rebecca: -São fontes confiáveis!

Diretor: -Tem certeza?

Rebecca: -Sim, eu tenho. Por que nunca faz esse tipo de pergunta ao John? Sempre pergunta pra mim?

Diretor: -Rebecca, isso é muito sério! Não podemos errar!

Rebecca: -Nós já estamos errando condenando um cara ao linchamento público, ao fracasso! Eu só peço que assistam a matéria que fiz!-digo colocando a vita VHS na pequena tv para eles assistirem.

Eles assistem tudo no maior silêncio. Quando acaba, eles se entre-olham e eu olho para o diretor.

Rebecca: -Acho que devíamos passar isso na TV!

John: -Não se empolga Rebecca...

Rebecca: -Quê?

Diretor: -Ele tem razão, está muito cedo pra dizer que o Michael é inocente!

Rebecca: -Então, pelo menos, vamos parar de acusá-lo?

Diretor: -Rebecca, em que mundo você vive? Não reparou que fazer mídia em cima do Michael dá muito lucro?

Rebecca: -Isso é injusto!

Diretor: -O mundo é injusto, pensei que soubesse!

John: -Tão inocente!-disse fazendo uma cara sínica.

Se eu não estivesse na frente do meu diretor/chefe, juro que dava um tapa na cara do John.

  Na hora fiquei com tanta raiva que saí com raiva da sala e fui pro meu camarim, me tranquei e comecei a chorar.

Deu meu horário e fui pra casa. Pensei seriamente em gravar uma mensagem para o Michael, mas eu não sabia o que falar. Me senti um ser tão desprezível e ao mesmo tempo injustiçado por não conseguir fazer o que é certo...

Agora

Hoje eu não fico quieta! 

John: -Rebecca, ele pagou essa quantia toda pra família e você acha ele inocente?

Rebecca: -Acho! Se fosse com meu filho, eu ia querer ele na cadeia, nenhum dinheiro no mundo ia reparar a dor que ele me causaria! Michael é inocente sim!

John: -Você está louca!

Rebecca: -Vocês é que estão! Destruir a vida de um cara por mais anunciantes!

Nessa hora eu levanto da cadeira.

Rebecca: -Eu gostaria de pedir desculpas ao Sr. Jackson, e a sua família, eu, em um ato covarde, traí o jornalismo tradicional, deixando de ouvir a versão do senhor Jackson, e acusá-lo de algo que hoje tenho certeza que ele não fez! Mas tenho que admitir, que não sou a única culpada, pois os principais responsáveis dessa edição também colaboraram para essa injustiça. Eu já não sou mais apaixonada pelo jornalismo, hoje ele se transformou em algo nojento, mentiroso, virou algo vendido! Eu simplesmente não aguento mais, hoje eu deixo de fazer parte disso, me deem licença! 

Abandono o jornal ao vivo, eles entram com um intervalo. Corro para meu camarim, e começo a arrumar minhas coisas.

John: -Rebecca, você não devia ter feito isso! 

Nem dou trela para o que ele disse, e continuo:

John: - Você não pode fazer isso comigo, vamos logo falar com o chefe antes que ele te demita de verdade!

Rebecca: -Você não entendeu, John? Eu não quero mais dessa droga!

Nessa hora, o safado me interrompe com um beijo. Empurro ele, e o dou um tapa muito forte.

Rebecca: -Nunca mais ouse a tocar uma parte imunda do seu corpo no meu novamente!

Passando a mão no rosto, ele me diz em tom ameaçador:

John: -Esse Michael vai me pagar caro, vou fazer de tudo pra acabar com ele!

A produção o chama para que voltasse a apresentar o jornal. Ele vai embora e eu termino de guardar minhas coisas e voltar pra casa.

I'm not your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora