Adeus, velha amiga...

538 41 62
                                        

Por Rebecca

Com toda essa novidade, tínhamos que contar pra muita gente, mas a gente se esqueceu de um ser...

Rebecca: -Como assim você não contou pro Prince?

Michael: -E ele vai entender?

Rebecca: -Mas você conversa com ele desde que ele nasceu!

Michael: -Então como eu contei pra todo mundo, conta você! Ah, lembrei de uma coisa!-disse indo pro escritório dele.

Rebecca: -O que é?

Michael: -Comprei essa máquina fotográfica!-disse saindo da sala com uma máquina na mão.

Rebecca: -É mais fácil falar câmera!

Michael: -Tá, mas olha só que beleza! Agora posso registrar os momentos mais felizes da nossa vida, começando por agora!-disse ligando a câmera e apontando pra mim.

Rebecca: -Ah não Michael, eu não tô bonita...

Michael: -Para com isso!

Vamos até o quarto e eu o pego no colo.

Rebecca: -E aí grandão? Ai que coisa mais chelosa!-digo cheirando-Eita, nem tanto! Precisamos trocar ele!

Michael só faltou enfartar de tanto rir.

Rebecca: -Para de rir!

Michael: -Desculpa!-disse rindo mais ainda.

Rebecca: -Gravou isso?

Michael: -Simmmmm!

Rebecca: -Mereço mesmo hein!

Eu mesma troco e limpo ele, e depois eu sento na poltrona com ele no meu colo.

Michael: -Está limpo agora?-disse rindo.

Rebecca: -Está sim seu engraçadinho!

Michael: -Então começa!-disse apontando a câmera para nós dois.

Rebecca: -Ok... filho, meu amorzinho, você vai ter um irmão! Olha só! Um amigo pra brincar!

Michael: -Eu espero que seja uma irmã!

Ele olha pra mim e depois para o Michael e começa a chorar.

Michael: -Ele deve estar emocionado!

Por Prince Michael Jackson

Eu não acredito nisso!

Eu mal aprendi a engatinhar e eles já querem me trocar!

Por isso que eles não me deram atenção desses dias pra cá! Espero que seja um menino pra brincar comigo!

Sacanagem isso!

Por Michael

Michael: -Ele é muito esperto! Muito novo, mas muito esperto!-digo ninando ele.

Rebecca: -Vai ser um grande garoto!

Deito ele no berço, saímos do quarto dele.

Rebecca: -Preciso contar a Maria!

Michael: -Verdade! Me esqueci dela!

Ela vai até a sala, ansiosa e com o sorriso no rosto para contar a novidade a amiga.

Rebecca: -Alô? ...Sou eu, Rebecca!... Gostaria de falar com Maria Spencer!

De repente o sorriso dela se desfaz inteiro.

Rebecca: -E por que não me avisaram antes?-disse totalmente triste-Tudo bem, eu entendo... Bom, obrigada por avisar! Que Deus conforte vocês!-disse isso e depois desligou o telefone.

Olhei nos olhos dela e já entendi tudo. Ela veio até mim e me abraçou, chorando muito.

Rebecca: -Ela foi enterrada hoje cedo! Não consegui nem me despedir!

Michael: -Está tudo bem meu amor! Ela está num lugar melhor agora!

Rebecca: -Como que ninguém me avisou? Michael, eu não consigo aceitar...

Eu nem sei o que falar, apenas fico abraçado a ela e fazendo cafuné em seu cabelo.

Rebecca: -Estou muito abalada! Ela me aceitou antes de todo mundo, ela me quis antes de todos, ela foi uma mãe pra mim!

Michael: -Eu entendo, querida...

Rebecca: -Eu não pude nem dar tchau, nem agradecer a tudo o que ela foi para mim!-disse chorando mais.

Michael: -Posso fazer alguma coisa por você?

Rebecca: -Acho que pode!

Ela queria por que queria ir visitar o orfanato, e assim fizemos, mas antes passamos numa loja de brinquedos e compramos vários para distribuir entre as crianças.

Fomos lá sem causar tumulto e depois de falar com as crianças, Rebecca se sentia muito melhor, e depois ela pediu para que fossemos até o sótão.

Michael: -O que vai aprontar?

Rebecca: -Nada! É que aqui estão muitas coisas que eu deixei pata trás, lembranças de muito pequena, sabe?

Michael: -Ah sim!

Ela abre uma caixa e tira ursinhos de pelúcia de vários tamanhos.

Rebecca: -Acho que vou levar para a Paris!

Michael: -Boa idéia! Parece que você cuidou muito bem deles!

Rebecca: -Olha só essa carta! Eram da minha primeira apaixonite!

Michael: -Como?

Rebecca: -É que eu recebi muito desses presentinhos de pessoas que nunca vi na vida, mas ele era o único que me mandou uma carta, e foi tão fofo o que ele falou que até fantasiei me casar com ele, porém só sabia seu "apelido". Na verdade não devia ser um apelido, só uma maneira de se identificar!

Michael: -Qual era?

Rebecca: -Mr. Pillow.

Michael: -Travesseiro? Esse cara devia amar dormir!-digo tirando sarro.

Rebecca: -Ah, para, vai!-disse rindo.

Ela estava rindo, normal, e eu não sabia dessa, sinceramente, mas não vou estragar os sonhos dela.

Por acaso, quando eu tinha 13 anos e comecei a ganhar dinheiro, fiz minhas primeiras doações, e escrevi essas cartas, sem saber pra quem elas iriam. Sim, eu sou o Mr. Pillow!

/////////////////////////////////////////////////

Gente, esse negócio de Mr. Pillow eu inventei agora, não é nada verídico.

PS.: quem acertar a referência de hoje vai ganhar um doce :)

I'm not your friendOnde histórias criam vida. Descubra agora