Um menino novo. Tinha lá para os 19 anos. Parecia limitado, como se estivesse preso no que ser para não ser. Num domingo, foi para uma festa com pessoas que não queria, era a turma do desbunde. Ficou perdido, tentou se encaixar... tentou mesmo, juro.
Ele tinha um nome comum e sobrenome peculiar. Ele sofria pelo mistério. O silêncio era o seu aliado e a sua imaginação o seu apego. Gostava de andar com ele porquê tudo para ele era novidade. Achava isso bonito. Ele vive, está ali no canto assobiando uma música, parece esperar a chuva passar, ele volta a pé para respirar um pouco. Em casa parece que fica acorrentado do que quer ser.
Um dia ele sai e volta com a certeza de estar fora.
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derramo-me como absinto
Poesíacoletânea de experiências e situações de aconchego pessoal