XXII

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O amor nessas passagens

Nesses encontros

Fingindo que é uma miragem

É o dedo prensado

É o limão amargo

É o isqueiro aceso

E o fogo no rabo

O amor é uma mistura do que eu sou e do que eu fui

Se não tivesse amado antes quais seriam as migalhas que juntariam os cacos desse presente?

O amor é a dúvida

Um livro que abraça

A esperança que mata

O desejo da boca

O violão sem corda

As mãos que enrolam

As almas que se cruzam

As palavras que soam

A ação que derrota

O meu amor por você é nó, laço já foi

Laço é simples, delicado

O nó não é complicado

O nó é tempo

O nó não é de todo mal.

Se você "desenrola" uma hora ele volta

Se a vida é um sopro. O amor é o ventinho no fim de tarde, só vai embora quando o sopro vem e quebra a janela.

derramo-me como absintoOnde histórias criam vida. Descubra agora