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"Perdoar é se livrar de um fardo no qual não vale nada carregar"

•ू♡

POV Jughead ●

Estávamos eu e Betty sentados em meio a aquele local iluminado, o qual fazia sentir-me no céu e Betty era meu anjo. Xingamos, falamos tudo oque pensávamos do mundo, nos sentimos livres e após tudo isso ela mostrou suas mãos, que estavam com marcas de unha, que deu a entender que ela as cravou no momento de fúria e vendo aquilo eu só consegui tomar uma atitude, fechei suas mãos e carinhosamente as beijei e Betty retribuiu se apoiando em mim.

- Betty...

- Sim?

- Sabe, eu sempre chorei pelos meus problemas, mas agora, eu parei de chorar por eles por causa de você. Eu estive por um longo tempo andando pelo universo até encontrar você. Toda a minha vida tinha um destino antes, uma linha a ser seguida, mas quando você entrou na minha vida, eu senti um estalo, um Big Bang de possibilidades se abriu pra mim. Agora nós podemos escolher que caminho podemos trilhar juntos, não como dois, mas sim, como um. A diminuição dos meus problemas, significa a diminuição dos seus a partir de agora e eles não vão se resolver sincronizadamente, cada um vai se resolver por vez, mas ainda assim Betty, um dos motivos de eu gostar de você é que você fica fofinha quando tá brava.

- Jug, eu sinto o mesmo em relação á você e ressaltando novamente, eu gosto muito de você. - ela disse com ternura

- É um mundo cruel, mas eu vou me arriscar. - eu disse

- Contanto que você me ame, poderíamos até estar sem teto.

No momento após a fala de Betty o sino da porta do Pop's tocou, demonstrando a entrada de alguém no local. Para todos o homem alto e magro que ali entrou parecia somente mais um homem, mas para mim, ele era o maior pesadelo que eu poderia ter, eu ainda me lembrava dos dias em que eu ia chorar no chuveiro pelo fato de querer parecer forte e inabalável para o pai, quando ele me insultava falando sobre minha mãe.

Eu estava pensando que nunca mais sentiria tanta vergonha na vida,
após levar a suspensão, mas eu estava enganado. Horas após o ocorrido com a suspensão eu sofri, a maior experiência de vergonha da minha vida aconteceu, que surpreendentemente foi causada pelo meu próprio pai, que logo se aproximou da minha mesa e de Betty e brevemente disse:

- E aí galerinha do bem! Como é que "cês" tão?

Eu só consegui sentir naquele momento meu corpo queimar de vergonha, minhas bochechas ficarem rosadas,
eu não podia aparecer assim para Betty. Ah não, já era tarde, ela havia notado, espera, ela estava rindo? RINDO? Mesmo depois de eu ter contado o que o meu pai fez comigo, ela estava RINDO DELE? E ela também provavelmente já havia percebido que eu estava envergonhado mesmo. Eu estava sentindo algo além da minha bochecha queimar, era minha orelha.

- Tá com esses olhos esbugalhados por que Jug? - questionou meu pai querendo me fazer morrer

- Por nada. - eu disse com os olhos arregalados

- Posso me sentar aqui com vocês? - ele perguntou

- Claro que sim senhor Jones. - disse Betty

- Só F.P. por favor. - ele disse

- Iniciais de Forsythe Pendleton? - Betty questionou

- Exatamente, mas então, vocês tão bem? - ele perguntou

Betty continuava rindo sem vergonha alguma, talvez fosse pelo fato de ele ter escolhido uma camisa xadrez vermelho, azul e branca e uma bermuda. Eu não sei quanto tempo nós ficamos ali no Pop's rindo do F.P, mas quando eu olhei pela janela já era noite, então a inquieta figura de camisa xadrez demonstrou ser novamente meu pai não F.P. quando disse:

- Seu Cabelo é ótimo Betty, parece um pouco com o da mãe do Jug.

Tudo estava indo tão bem, mas daí ele tinha que estragar tudo denovo...

- Eu gostaria de falar sobre sua mãe Jughead, mas não do jeito que eu falo... - ele disse chamando minha atenção

Betty parou de rir nesse exato momento.

- Você está sempre falando dela, falando que a culpa é minha! - eu disse o afrontando

- Cale a boca quando eu estou falando com você filho, por um minuto. - ele disse em tom sério

Nesse instante eu fiquei em silêncio.

- Eu fui um idiota, ela pulou na frente do carro e você não estava por perto. A culpa não é sua, nunca seria, se não, não seria eu outro culpado? Eu também não estava lá, eu sei que desculpas não vão adiantar nada agora, mas se seu coração for como era o de sua mãe, eu sei que eu pedirei perdão e você o dará.

Essas foram as palavras que mais mecheram comigo, eu nunca havia me sentido assim, ele tinha me causado tanta dor para eu simplesmente esquecer assim, mas ao mesmo tempo um peso gigante estava sendo tirado do meu corpo, eu já parecia mais leve e menos cabisbaixo olhando aquilo. Cabia a mim decidir: Poupar ou ficar remoendo o sentimento?

Eu decidi abraçá-lo. Ele raramente me dava abraços e eu sei como isso fazia falta quando eu estava triste e ao mesmo tempo, ele sabia que eu o tinha perdoado. Me senti... Renascido.

A suspensão não parecia mais um inferno, mas sim uma borboleta perto da mariposa que eu havia eliminado.

As long as you love me ⋆ ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ Onde histórias criam vida. Descubra agora