PRÓLOGO
Todos nós usamos máscaras. Por vaidade, necessidade ou conveniência. Tem os que as usam desde que aprenderam a respirar, e os que as colocam depois que a divina providencia, o destino; ou como você achar melhor; lhes prega um de seus joguinhos letais. Alguns tem a sorte de encontrar com quem dividir seu eu real, outros, passam a vida escondidos, respirando através do espesso material, tão profundamente enraizado que as vezes lhe deixa em dúvida de quem é a máscara e quem é você. Depois de um certo tempo usando-as, o motivo que o levou a usar é irrelevante, e a pergunta de um milhão de dólares passa a ser o que vai lhe fazer retirá-la.
Existem três momentos ao longo da vida onde somos forçados a reavaliar tudo que sabemos sobre nós mesmos e a forma como vivemos: funerais, casamentos e nascimentos. Não sei se é a certeza da mudança ou o sentimento de rompimento com o conhecido que estas situações atraem. O fato é que pelo menos uma delas nos obriga a rever tudo o que sabemos e definir o que seremos a partir dali. Como sei disto? Neste exato momento estou vivenciando uma delas. Sentado em um pequeno cômodo, protegido ou escondido; você escolhe; por uma porta cinza sem graça. Do outro lado, uma horda de pessoas que me conhecem desde sempre, que acham que sabem quem sou, como vivi e o que quero. O fato deles estarem errados não me surpreende.
Estou a pouco mais de trinta minutos neste cubículo e a sensação de claustrofobia já é insuportável. Nunca tive problemas deste tipo. O espaço nem é tão pequeno. Mas os pensamentos que rodam dentro da minha cabeça levemente entorpecida pelas três doses de scotch que bebi...Estes, são verdadeiros gigantes me esmagando.
Sempre levei uma vida dupla. Nunca tive problemas com isto, nem imaginei que em algum momento ao longo do caminho teria necessidade de mudar ou retirar minha máscara por algo ou alguém. Só que este pequeno quarto de cor indefinida; afinal mulheres é que entendem essa coisa de cartela de cores, os meninos geralmente conhecem as cores primárias, isto se não forem daltônicos; esta me trazendo revelações chocantes do quanto eu estava errado.
Agora que tudo o que dava por certeza absoluta caiu por terra, meus segredinhos sujos estão saltando de dentro da caixa de pandora para me assombrar. Cada vez que minha mente trás um deles a tona o eco em minha nela se torna mais alto, repetindo sempre a mesma coisa: QUEM SOU EU?
Será que ao término do meu ínfimo confinamento, onde serei obrigado a enfrentar tudo e todos do outro lado da porta cinza, saberei a resposta?
O mais inquietante, será que ELA sabia que tudo isto estava a caminho?
A/N:
Figurinhasss
Demorei, mas cheguei.
Foi dada a largada de Garoto Ordinário!
Por favor me contem o que vocês acham da cabecinha complicada do nosso novo integrante
Já havia comentando que este livro vai correr em dois tempos diferentes
Alecxander contará a estória do futuro para o passado como um retrospectiva
Já nossa Elena, continuará a linha temporal do final de Mundo nada Ordinário
E nesse livro tem a charadinha de qual dos três eventos tão importantes no conceito do Alecxander esta sendo vivido por ele durante a retrospectiva. Façam suas aposta e comentem por favor.
Em Janeiro essa galera volta com tudo que tem direto, e o que não tem também
Beijinhos da Ana
06/12/18
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Garoto Ordinário - Série Garota Ordinária (Livro 3) Em Breve
RomanceAlec leva uma vida dupla desde a adolescência, e nunca achou nada de errado nisso. Até que uma garotinha de seu passado reaparece sem nenhum traço de "inha" e põe em xeque a forma prática e insensível como ele encara o mundo e seus relacionamentos...