Dia 12

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N.: A mas essa OS sai hoje sim, meninxs

"12- Uma pessoa que é especial para você"

Se aquela não era a viagem doa sonhos em forma de realidade, as sete amigas não sabiam o que era. Estavam nas nuvens, mesmo que já houvessem descido do avião há horas. Quando, no Ensino Médio, elas planejaram o dia que dariam umas voltas em Seul, parecia algo puramente de brincadeira. Qual delas acreditaria que, dois anos depois, se juntariam e, da forma mais aleatória do mundo, levariam aquele antigo plano à frente com mais seriedade do que tratavam qualquer trabalho de faculdade? A resposta certa era: nenhuma delas. Mas, mesmo que não houvesse como acreditar, foi o que aconteceu. Agora, as sete perambulavam pelos pontos turísticos de Seul.

Aquele passeio era tudo o que elas poderiam imaginar: risadaz, zoeira, vergonhas, mais risadas, micos e mais um muito de risadas. Nem pareciam o grupo de mulheres maduras que deixaram o Ensino Médio no passado. Aliás, não eram. A essência colegial continuava bem viva entre elas.

A única coisa que mudava era: álcool. Ah, após um dia inteiro rodando pelas ruas da cidade, atraindo olhares arregalados por onde passavam e fazendo a *linha demência* para esconder a vergonha por passarem tantos micos em público, nada como fechar com chave de ouro em um barzinho maneiro com muita bebedeira. Claro que, em um grupo de sete, alguém discordaria. Mas, *naquele* grupo de sete, claro que alguém teria uma solução para qualquer impasse que surgisse:

— Foda-se se você não vai beber! Vai com a gente e ponto. — Ty disse à Lena, com o carinho de sempre.

Assim, elas seguiram para a festa. Teoricamente, direto para a noitada. No entanto, a rota original sofreu alguns desvios para variar. Umas paradas para Agnes e Lisa tirarem fotos, outra para Dara desbravar uma livraria enorme, outra para Bona comprar um par de brincos que esquecera em toda sua produção para a noite, outra para a vontade repentina da maioria de conhecer uma cigana poliglota, outra para comerem. Enfim, chegaram ao barzinho. Uma hora depois do planejado, mas chegaram.

E era isso que lembravam no dia seguinte. Embora, de primeira, ninguém lembrasse de nada.

Agnes foi a primeira a despertar. A cabeça doía, mas nada a fizesse temer uma possível morte. Foi ao virar na cama que sentiu o peito apertar com verdadeira preocupação. Tinha alguém ao seu lado, tudo bem. Entretanto, essa pessoa não parecia com nenhuma de suas amigas, com toda certeza. *Tudo não bem*. Perceber que era um homem quem estava adormecido ao seu lado só fez o desespero aumentar. Ela não tinha bebido tanto assim. Tinha?

— Quê?! — lotada de confusão, ela levantou, estranhando o próprio corpo.

Havia algo muito errado ali.

Mas não deu tempo de buscar uma resposta. Naquele momento, um grito extremamente alto veio do além, invadindo seu quarto que, na verdade, não era seu, acordando o homem que a acompanhava ali. A esta altura, Agnes já estava apavorada.

— Que está acontecendo?! — ele questionou e Agnes encarou seu rosto, passando de chorosa e confusa à chorosa, muito confusa e surtada.

— Ai meu Deus, Kim Taehyung?! — Ali, ela já tinha total certeza que era um sonho. Porque só podia ser, nem seu inconsciente duvidaria.

— Jimin? — ele sussurrou com os olhos tão arregalados quanto Agnes sentia qie fazia com os seus.

— Taehyung?! — repetiu, mais alto, mais confusa e mais surtada. — Espera, Jimin? Quê?!

— JIMIN?! — Taehyung berrou, lançando-se para cima do Jimin que ali via, tocando o rosto branquinho com suas mãos desengonçadamente.

— Espera, essas mãos não são minhas! — o Kim Taehyung assustou-se consigo mesmo. Então, deixou de tatear o rosto alheio para tocar seu próprio corpo, como um neném confuso.

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