Velhas supernovas

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Quantas pessoas assinaram-te como uma quarta sem destinatário                                                               e enviaram-te para o futuro                                                                                                                                               sem esperar respostas?

quantas vezes tu acordastes em meio ao abismo de um pesadelo
sem o melhor amigo para aconselhar-te?

quantas vezes chorastes antes de dormir?

alguns dias as estrelas tornam-se supernovas que expandem-se em meus epicêntricos de tristeza,
alastrando-me pelo mundo,
arrasto-me ao abismo mais profundo.

precisamos de uma grande mala para caber nossos orgulhos, egoísmos e tristezas.
precisamos lançá-la, maldita mala,
num lago qualquer, num instante, num sopro. No repentino.

quantas vezes esperamos ser salvos por estranhos?
quantas vezes um quadro tentou libertar-se e ninguém o salvou?
quantos gritos foram silenciados pela espessa camada de vidro?

pensar demais jamais será o suficiente.

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