Capítulo 04

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O que é isso?
Que causa feridas profundas e incuráveis?
É isso que as pessoas chamam de 'amor'?
Por favor, diga-me que não, mostre-me que não, faça-me sentir que não...
Por qual motivo essa dor me persegue? O que eu fiz de tão ruim para estar sendo procurada incessantemente por tal sentimento?
Você, me livre disso! Nem que seja necessário matá-lo, matar-me, mas livre-me de tal fardo amargurante!
Eu... eu não consigo mais fugir. Não consigo mais dar um passo sem tropeçar; sem me machucar; sem sofrer dores insanas...
Por favor, há alguém aí fora? Há alguém aí que possa me mostrar como sair daqui? Eu me sinto só...
A solidão me assola com medos e horrores de sofrimentos que vivi no passado! Quando estou só, meus pensamentos se tornam inimigos mortais e convocam meus medos para uma reunião onde o alvo sou eu e começam a distribuir lembranças que me fazem chorar de dor.
Sabe...sim, você aí mesmo! Eu tenho mais medo de meus próprios pensamentos do que das pessoas que me rodeiam...
O porquê disso é relativamente muito simples!
"Com pessoas eu sei lidar, mas com meus sentimentos não".
Das pessoas eu sei seus medos, seus segredos, suas vontades mais obscuras. Mas... sentimentos? Meus sentimentos me prendem e tenho medo deles por saberem quem eu sou. Eles sabem como me destruir, mesmo aqui de dentro, e não se importam se ficarão sem uma hospedeira! Não se importam se terão que morrer junto a mim, mas estão dispostos a sacrificarem-se para que eu morra. É por causa disso que eu preciso de alguém... de alguém forte o suficiente para pará-los, ou, simplesmente, para convertê-los para o bem, para o meu bem!
Eu preciso de ajuda!!!
Não de um psiquiatra, pois não sou uma louca.
O que eu preciso mesmo é de um amor...
Um amor que seja verdadeiramente puro.

K4•D3

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