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O time de rúgbi da escola começou uma sequência invicta. E os jornais locais atribuíram isso ao meu amigo. O novo craque do meio campo. Mas os jogadores idolatravam Pascal.

Durante a noite, acordei e vi que Dean não estava em sua cama então fui em nosso cantinho procurá-lo, ele estava lá, praticando. Fui em sua direção sorrateiramente e assoprei seu cabelo fazendo com que o mesmo tomasse um susto.

-Não devia estar dormindo? -perguntei.

-E você?

-Não vou jogar as quartas amanhã.

-É por isso que não estou dormindo. Não consigo. Estou nervoso.

-Você vai ganhar.

-Não da pra saber.

-Não manjo nada de rúgbi, mas sinto isso dentro de mim.

-Você vai lá?

-Não é meu time. Uma vez, antes de você chegar, um dos seus colegas botou minha cabeça na privada. Não vai constar da minha autobiografia. -disse fazendo Dean rir. -Ficará melhor sem mim, mas vou torcer por você.

                               ***

A escola toda estava indo para o jogo e eu, bom, eu fui também, porém Dean não sabia. Depois do jogo, os jogadores foram para o vestiário comemorando.

-Dean, seu coroa está no bar. Ele quer nos pagar uma bebida. -disse Rye e todos comemoraram.

-Cuidado. Passando. -disse John, pai de Dean, passando com uma bandeja onde havia vários copos de cerveja. -Vamos atacar, rapazes. -disse quando chegou a mesa. -Bebam. Com vontade, garotos. Beba com seu pai, filho. -disse após ver que Dean não estava bebendo junto a eles.

-Prefiro água, obrigado.

-Fique perto, não vou machuca-lo. -disse John puxando Dean para mais perto da mesa. -Não se pode brindar à vitória sem bebida de homem. Ao meu filho, o atleta, e a todos vocês, bons rapazes. Saúde!

Dean disse depois que, se não tivesse dado aquele primeiro gole, sua noite teria acabado de outra forma.

-A melhor coisa em vê-lo jogando hoje foi perceber que aquelas bobagens da última escola são só bobagens. -disse John quando estavam indo embora. -Hoje eu vi você de verdade. Eu amei você hoje. Amei novamente. Pareceu ser meu filho de novo. Não aquele idiota de antes. Pode entrar. Eu dou uma carona. Vamos conversar.

-Vou pegar o trem. -disse Dean.

-Filho... -disse John vendo seu primogênito ir embora.

Depois de horas caminhando, achei um cinema mostrando um filme legendado sobre uma freia que era... comprido o que fez, após sair do cinema, ter muita vontade de urinar. Terminei perdendo o ônibus para a escola, e, nessa hora, enquanto estava a urinar em uma pilastra, vi o Dean. Minha ideia era surpreende-lo.

O segui e vi que ele havia entrando em bar.

-Muito novo. Desculpe, meu chapa. -disse o segurança que estava na porta.

-Não. Ele é meu amigo. -me referi a Dean.

-É mais velho que você.

-Que tipo de bar é este?

-Um bar para adultos.

-Certo. Que tipo de adultos?

-Adultos gays.

-Mas é claro. Só estava conferindo. Vou espera-lo. Ele logo vai sair. É melhor eu me mandar. -disse após alguns minutos. -Está ficando tarde.

O tempo todo, eu me considerava o único excluído. No fim das contas, eu não podia estar mais errado.
















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