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-Toc, toc. Oi, Dean. Posso fazer uma pergunta? -ingadou Weasel enquanto eu estava tomando banho após o treino de rúgbi.

-Sim.

-Sim. Por que anda com aquela aberração do Castiel?

-A aberração do Castiel é meu colega. -disse.

-Colega? Como?

-Meu colega de quarto, Weasel. -disse sem paciência.

-Certo. Entendi.

-Tem algo errado com você?

-Está tudo bem comigo. É que tenho um primo em St. Bart's... De segundo grau. Dizem que você saiu de lá porque vivia brigando. Mas eu conversei com ele. E me perguntei qual era o motivo de tanta briga? Por que as brigas?

-O que você quer, Weasel? -disse com um pouco de raiva.

-Dean, prometi ao meu pai em seu leito de morte que faria tudo aquilo em meu alcance para ganhar a copa. Não sou o único a notar que está passando muito tempo com o tipo errado de pessoa. Vamos escolher uma companhia melhor para você. Vai se concentrar na semifinal deixaremos os boatos da escola antiga serem apenas boatos. -assenti. -Isso. Bom. Foi uma boa conversa.

                              ***

[P.O.V CASS]

Quando acordei no dia do show e não havia sinal do Dean, não me surpreendi. Quem joga no time de rúgbi acorda cedo para treinar. Pode faltar a todas as aulas, ainda mais numa semifinal. É porque você carrega a esperança da escola nas costas. Será a educação mais importante que isso? Mas fiquei preocupado às 18h.

-Ele não vem. -disse Moriarty o óbvio quando estávamos no show de talentos.

-Senhor, não posso ir sozinho. -disse um pouco nervoso.

-Pode sim.

Enquanto isso, o próximo a se apresentar era um tal de Clinton que estava fazendo uma dança meio robótica.

-Senhor, ele é um gênio. -disse observando o Clinton.

-Ele não é gênio. Não se trata de ser ou não gênio. A questão é... O lance é participar. -disse Moriarty tentando me encorajar. -Como ele faz isso? -disse ele vendo Clinton fazer diversos passos de dança que nos deixou de boca aberta, literalmente. -Só precisa ir lá e deixar que escutem sua voz. Você só precisa fazer isso, entendeu?

-...dois alunos do Colégio Wood Hill. -disse a moça, que estava redigindo o show, que agora era a minha vez e, teoricamente, a de Dean.

-Boa sorte. Não fique nervoso. Você é bom.

-Na verdade, só um aluno. Acontece que só tem um. -disse ao microfone e, então comecei a cantar.

Todos estavam rindo de mim, pois eu não era um verdadeiro cantor, Dean era.

                               ***

-Oi, Pascal. -disse Moriarty. -Podemos conversar?

-Este é uma país livre. -disse Pascal enquanto comia uma maçã.

-Deve estar empolgado. Quartas de final.

-Semifinal. -corrigiu-me.

-Semifinal. Emocionante, né?

-Não é hora para complacência.

-Não mesmo. Dean não foi cantar no show de calouros.

-Sim. Ele estava treinando chutes.

-Você sabia disso. -disse surpreso, porém nem tanto.

-Na semana da semifinal, nosso outhalf tinha coisas importantes pra pensar.

-Não foi você quem botou coisas na cabeça dele? -disse e Pascal se levantou e jogou a maçã que estava comendo para longe e chegou para perto de mim.

-Você é uma espécie de cavalo de Tróia.

-Não sei o que quer dizer, Pascal. -disse confuso.

-Incentivar a Dean Winchester a ser cantor? Uma semana antes da semifinal da Copa Sênior?

-Só quero tô ajudá-lo.

-Fique com os esquisitões de cabelo tingido e banjos. Não servem pra porra nenhuma. Não tenho interesse.  Só vou dizer isto uma vez. Deixe o garoto de concentrar no rúgbi. Entendeu? -sussurrou Pascal em meu ouvido.

-Tem maçã na sua barba. -disse e ri de desgosto indo embora.

Handsome DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora