I Wanna Know {Norminah - G!P}

Capítulo 5

05 de Julho de 2016

Dinah Jane Point Of View.

Um gemido de dor escapou por meus lábios assim que me movi sobre o sofá, eu havia dormido toda torta, e aquilo me causaria boas dores durante o dia. Tomei coragem para abrir meus olhos, a sala já estava bem iluminada devido a luz do sol que escapava por entre as cortinas claras. Minha cabeça estava explodindo, a ressaca com toda certeza estava se fazendo presente. O som estridente e inquieto da campainha soou pelo ambiente, que anteriormente estava silencioso e amenizava minha dor de cabeça.

:— Porra.

Murmurei levando minha mão destra para meu rosto, levantei-me do sofá afastando o cobertor de meu corpo, o que eu realmente não queria fazer. Minhas roupas ainda eram da noite anterior, o que denunciava o quão bêbada eu estava quando cheguei em casa, aliás, nem lembrava-me ao certo como. Revirei meus olhos assim que a campainha foi tocada mais um vez, aquilo já estava me irritando.

Levei minha mão até a maçaneta da porta e semicerrei meus olhos ao abri-la, já que a luz atingiu com mais veemência meu rosto.

:— Dinah! Eu estava com saudades...

Suspirei ao sentir o corpo de Zendaya se colidir com o meu, eu não consegui retribuir complementarmente ao abraço, apenas repousei uma das mãos sobre as costas da mulher, que estava perfeitamente arrumada.

:— Eu notei, realmente. O que está fazendo aqui?

Proferi soltando seu corpo e lhe encarando melhor, Zendaya usava uma calça jeans clara cintura alta, uma regata preta com alguns detalhes, um par de saltos, que lhe deixava quase maior que eu. Seus cabelos estavam cacheados e desgrenhados, a franja perfeitamente alinhada para um dos lados, neguei com a cabeça ao sentir o perfume de minha namorada, eu já estava um pouco enjoada dele.

:— Tenho que te avisar antes de vir te ver, Hansen?

Dei de ombros dando espaço para Zendaya adentrar ao espaço e logo fechei a porta atrás de nós. A mulher já era familiarizada com minha casa e foi diretamente para a cozinha, e eu a segui até lá.

:— No estado que a gente se encontra, sim.

:— Olha, Dinah, eu entendo que você fique chateada com a minha falta de tempo, mas…

:— Zendaya, não é falta de tempo, a questão é que você não se importa, você nem ao menos me manda mensagem. – suspirei sentindo minha cabeça latejar e encostei-me no balcão, a mulher bebia um copo de água e me encarava com seus olhos maquiados e intensos.– Eu não quero mais ter que correr atrás.

:— Meu amor, vem cá, vamos resolver isso…

Zendaya deixou o copo sobre o balcão, deu a volta pelo mesmo e veio até mim, na tentativa de se aproximar, mas logo eu me afastei. Era sempre a mesma coisa. A mulher arqueou suas sobrancelhas e me puxou rapidamente, cheirou minha roupa e  soltou-me em seguida.

:— Esse perfume não é seu!

:— Por Deus, Zendaya, agora você controla que perfume eu uso ou deixei de usar?

:— Oh, certo, você esteve com alguém ontem, né? Olha as suas roupas, eu aposto que você estava muito bêbada, Dinah… Eu não quero imaginar na possibilidade de ter sido traída…

:— Francamente, eu me arrependo de ter sido uma boa namorada pra você. Você não mereceu, aliás, você nem se quer deu valor. Eu preparei coisas pra você que jamais faria pra alguém, ainda bem que você nem fazia tanta questão. Eu fui cega por pensar que você sente algo por mim, e mais cega ainda por pensar que eu sinto algo por você.