4 - A verdade

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     - Por favor, não digas coisas que não sentes. Eu não consegui... Ela é tão parecida contigo... Enquanto tocava no corpo dela, lembrava-me do teu, eu lembrava-me dos teus lábios, até quando ela me mandava mensagens, eu me lembrava de ti. A verdade é que eu ainda te amo, e fui uma criança estúpida quando te menti. E ainda fui de novo à 4 meses atrás. Eu sei que não mereço a mulher maravilhosa que tu és, eu sei que és demais para mim, eu sou apenas um pouco enquanto tu , és uma mulher. Eu não te podia mentir de novo, e ficar a remoer mais por dentro, eu tinha de te dizer tudo isto. Ela gosta de mim, eu vou ficar com ela durante os primeiros meses, mas eu não vou ter nenhuma relação com ela, se for para estar com ela sempre a pensar em ti, não quero, não mais... És a mulher que mais amei, e que amo, e não é justo eu fazer isto com o meu próprio coração, tentar engana-lo com falsas identidades de ti. - Disse olhando para os meus olhos.
Comecei a chorar. Mas mesmo assim, depois de todas aquelas palavras, eu não disse nada. Ele levantou-se, deu me um beijo na testa, pronto para ir embora. Eu não resisti, corri atrás dele, e levei-o até a sala. Ficamos mesmo ali, naquele sofá, que ele próprio já sentia saudades do nosso corpo.  Quando acabamos de fazer amor, ele olhou para mim e sorriu, como nunca antes ele tinha feito.
Acordei e ele já não estava lá, e a raiva dele voltou a me atacar.
Fui á casa de banho e reparei numa carta( Como aquelas que o Miguel escrevia de manhã antes de ir trabalhar)
" Bom dia meu amor. Eu sei que me deves estar a querer matar por ter ido embora assim. Mas Eu não sou certo para ti, eu amo-te, mas não te faço feliz e não te posso prender só para mim. Vou amar-te para sempre meu eterno amor. "
Enfim, fui só um brinquedo da última da hora! Parva! Ele engravida a minha irmã, eu fico com ele, e mesmo assim vai embora desta forma?
Quando ia guardar a carta na minha gaveta, reparei que alguém esteve a mexer na minha gaveta ! E só pode ter sido o Miguel... ele viu a foto com o Hugo. Será que foi por isto?
Saí de casa. Fui até a casa dele, e bati á porta. Imagina quem abriu... A minha irmã... Com uma barriga gigante..

Meu primeiro e último amor Onde histórias criam vida. Descubra agora