Eu olhei para os dois, e fiquei paralisada. Como assim a Maria era a madrinha do bebê? Não podia ser. Aquela falsa, não podia ser a madrinha daquele ser.
Provavelmente a minha irmã deve se ter esquecido de tudo o que ela nos fez passar.
Éramos ambos todos amigos, o Miguel, eu e a Carlota, e sempre que ela podia tentava metê-los contra mim. Dizia que eu andava a trair o Miguel e dizia ao namorado da minha irmã( pois ela na altura namorava) que eu tinha lhe contado que a Carlota o andava a trair, eu não sei porque ela tinha tanta vontade de dizer a toda a gente essas mentiras, mas eu nunca mais lhe dei confiança. Mas fui a única, o Miguel continuava a sair com ela nas minhas costas, e a Carlota continuava a ser a melhor amiga dela.
Eu não posso acreditar nisto. Como assim, a minha irmã está grávida do amor da minha vida, e a madrinha vai ser aquela que destruiu o nosso relacionamento?
Nesta altura eu não sei quem perdoar. Fui me embora. Não olhei para a cara de nenhum, nem deixei que viessem atrás de mim.
Fui ao meu café favorito, onde servem aqueles pastéis que fazem crescer água na boca e tento pensar em alguma coisa sem ser na confusão que está a minha vida.
O meu telemóvel toca, era a Leonor, o que será que ela quer ?
- Estou?
- Olá meu anjo, como estás?
- Podia estar melhor...
- Bem, eu liguei-te para te convidar a vir a uma festa hoje que vai ocorrer perto da minha casa.
- Não sei .... A minha vida tem estado uma confusão...
- Por isso mesmo ! Vamos nos divertir como nos velhos tempos! Vou chamar as meninas também, para ficarmos as 4 como era antigamente.
- Ai... Se eu te disser que não o que vai acontecer?
- Vou te buscar a casa.
- Pronto tenho de te fazer a vontade... A que horas? E onde nos encontramos?
- Ás 22h, no parque local perto da minha casa.
- Até lá.
- Beijinhos amor.
Espero que ela tenha razão e que me divirta.