O dia de Frank tinha sido uma merda. Algum outro agente havia falado com o antigo chefe de Gerard e descobriu que ele tinha sido demitido por ser gay. Eles não estavam apenas zoando Gerard por isso, mas zombando de Frank por supostamente não ter descoberto antes. Ele apertou os dentes e manteve a cabeça abaixada, tentando não ferver para que ninguém pudesse ver.
Houve uma reunião onde todos falaram muito lixo sobre Gerard Way e a sua "espécie" e todos que o conheciam. E depois Frank fodeu uma coisa em um relatório, um erro honesto por não estar dormindo ultimamente e facilmente corrigível, mas ele recebeu um grito dos seus superiores e foi ridicularizado pelos seus colegas de trabalho, tudo de novo. E o grupo de digitação o olhou feio quando ele trouxe o relatório de volta para ser refeito.
Depois ele chegou em casa e encontrou Gerard Way sentado em sua sala de estar, o fonógrafo estava tocando.
"Que porra," Frank disse. "Se você quebrou uma janela, você é quem vai pagar por ela."
"Eu roubei suas chaves reservas na última vez que eu estive aqui, boneca," Gerard disse. "Eu fiz cópias, então estou trazendo elas de volta. Você tem uma ótima coleção de discos, aliás. Todo aquele jazz. Inesperado. Eu estou impressionado." Ele tinha espalhado um bom número dos álbuns do pai de Frank por todo o chão.
"Oh, isso é ótimo." Frank derrubou sua maleta e removeu sua jaqueta, chapéu, gravata e sapatos. "Eu preciso de uma bebida."
Gerard ergueu uma das canecas de Frank Ele tinha feito para si mesmo um copo de café. Pelo menos um. "Eu continuo esquecendo de trazer alguma coisa," Gerard disse. "Vem aqui, eu vou te recompensar por isso."
Ele se levantou e empurrou Frank na cadeira onde estava sentando. "Dia ruim no trabalho? Ainda não conseguiu me pegar?"
"Cala a boca," Frank disse, mas não saiu como deveria, porque Gerard já estava caindo de joelhos entre as pernas de Frank, e a voz de Frank tinha ficado gaguejante e ofegante.
Gerard cantarolava junto com o álbum enquanto abria a calça de Frank. Frank tinha desenvolvido um hábito infeliz de ficar duro assim que via Gerard, e agora quando Gerard tirou a ereção de Frank da calça, soltou um comentário egocêntrico que Frank não conseguiu processar.
"Cala a boca," ele disse de novo, enfiando a mão no cabelo de Gerard. Gerard o encarou por um tempo, os olhos soltando faíscas, mas ele deve ter gostado porque desceu direto para chupar Frank.
Ele realmente tinha gostado, Frank admirou, observando os cílios longos de Gerard vibrando nas bochechas. Gerard chupava o pau de Frank, esvaziando as bochechas, virando seu rosto levemente para o lado para que Frank pudesse ver a sua própria glande pressionando contra a bochecha dele. Em seguida Frank teve que fechar os olhos, porque ele não conseguiria ver aquilo e ainda durar por algum tempo.
Mesmo assim não demorou muito, e quando Frank gozou, Gerard engoliu e depois voltou a cantarolar para si mesmo enquanto limpava a boca. Frank soltou um som parecido com o de um cavalo, e em seguida empurrou Gerard de costas no chão, meio caindo da cadeira para pousar em Gerard.
"Porra," Gerard arfou. "Hey, Frankie."
Frank não era tão bom em boquetes quanto Gerard, mas ele tentava compensar sua falta de habilidade com entusiasmo e não ouviu nenhuma reclamação, de qualquer forma. Ele não conseguia engolir tudo como Gerard tinha feito e acabou com porra por todo seu queixo. Gerard tirou seu próprio lenço de pescoço e limpou cuidadosamente o rosto de Frank para ele.
Eles deitaram no chão por um tempo, nem estavam fumando, apenas deitaram ali. O álbum terminou de tocar e um chiado vazio preencheu o ar. Frank estava sentindo muitas coisas para saber o que fazer consigo mesmo por um tempo. Então ele manteve seu rosto pressionado contra o ombro de Gerard; ele ainda estava vestindo sua jaqueta e ela cheirava a lã e cigarros.
Quando Frank conseguiu se controlar, ele disse, "Nós não devíamos simplesmente deitar no chão. Nós vamos ficar duros."
"Hmm?" Gerard colocou a mão na calça de Frank, como se estivesse checando. Frank riu.
"Boa tentativa. Mas eu não tenho quinze anos, desculpa."
"Que pena," Gerard disse. "Eu poderia desistir da vida do crime por isso"
Frank riu um pouco. E em seguida disse, sem ter pensado nem um pouco nisso, porque ele estava com os membros relaxados e esparramados: "Você desistiria da vida do crime se eu pedisse?"
"O que você quer dizer?" Gerard disse. "Qualquer vida com você seria, por definição, uma vida de crime."
Frank estremeceu e rolou um pouco para o lado, ficando de costas. Ele continuava esquecendo disso. Gerard o fazia esquecer.
Gerard xingou abafado e procurou em seus bolsos até que tirou seus cigarros. Ele colocou um na boca de Frank e acendeu com carinho.
Frank tragou algumas vezes e disse "Você faz as coisas ruins parecerem tão não ruins."
"Essa é a coisa mais bonita que você já me disse. Talvez que qualquer pessoa já tenha me dito." Gerard soava realmente surpreso. Frank saboreou o som por um momento, pressionando-o em sua memória.
"Eu não tenho certeza se é um elogio," Frank disse. Gerard não pareceu ofendido com isso. Ele rolou para ficar de lado, olhou para Frank por um tempo, e depois se inclinou para beijar sua sobrancelha.
"Você dá muito trabalho, Frank Iero," Gerard disse.
"Mas você gosta," Frank apontou. "Eu me pergunto se você gostaria tanto de mim se eu não desse tanto trabalho."
"Você sempre vai dar muito trabalho."
Frank estava se sentindo sonolento e faminto. Ele não sabia ainda qual das duas sensações iria vencer.
Gerard continuou com o assunto. "Nós vamos ter a porra de sessenta anos e você ainda vai estar 'Para de beber todo o meu café, Gerard. Você devia ter se rendido, Gerard.'"
"Sessenta?" Frank riu, arqueando uma sobrancelha. "Você acha que nós ainda vamos fazer isso quando tivermos sessenta?"
"Provavelmente não vamos foder no chão. Sessenta é meio velho para isso. Filho da puta–" Gerard rolou por cima dele, o prendendo. Frank passou alguns segundos se preocupando sobre onde o cigarro de Gerard estava. "Você está me pedindo para desistir da minha carreira lucrativa e não acha que a gente ainda vai estar junto quando tivermos sessenta anos? Vá se foder."
Frank fechou os olhos, porque olhar para Gerard tendia a o confundir. "Você está louco. Você vai estar morto," ele disse. "E eu vou estar–" sozinho, ele pensou, porque ninguém ficaria por tanto tempo com ele. Ninguém nunca tinha ficado.
"Cala a porra da boca, Frankie." Gerard se moveu, se esticando sem sair do lugar, e Frank sentiu seu cigarro ser puxado dos seus dedos e Gerard se inclinou sobre ele de novo. Frank só esperava que lá tivesse um cinzeiro.
"Viu?" Gerard disse. "Dá trabalho pra caralho." E depois beijou Frank, com a língua em sua boca, tomando tudo o que queria; aquele era o Gerard. Frank o beijou de volta, suas mãos subindo para os ombros de Gerard, o cabelo dele, porque que se foda, do que tudo isso importava afinal? Porra, Gerard. Sessenta.
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Public Enemy [Frerard AU]
FanfictionEm 1932, Gerard Way estava ficando famoso por roubar bancos por todo o estado de Nova Jersey. Frank Iero, analista para a Divisão de Investigação de J. Edgar Hoover, está determinado a pegar ele. Autora: tabulaxrasa, no AO3.