" 'O que está por vir'...
É o doce recheio da ansiedade,
É a bela angústia,
É aquela sombra que eu vejo distante
São as sombras do futuro...Que me marcam com antecedência
Que me arrancam o sono
Que me tiram a sanidade
E fazem os problemas de ansiedade...
Fluirem... Deslizarem...
Como fazem? ó, sombras do futuro?
Ao me perseguirem, me perturbarem,
Até minha cama...
Lar dos mais insistentes pesadelos..."
Forrest não estava bem. Estava com medo, ansioso e assustado. Os acontecimentos que antecederam aquela manhã, foram aterrorizantes... E esse é um ótimo momento para fazer uso de algumas das palavras que mais se repetirão neste livro: Forrest estava em choque. Porém sua mãe não podia saber do ocorrido, então fingiu que estava tudo bem.
Grace ofereceu a seu filho, uma carona. Forrest a aceitou de bom grado. No caminho para o colégio, encontraram Owen caminhando, sozinho. Ofereceram-lhe carona, também, e ele aceitou a oferta.
Não demoraram muito para chegar em seu destino.Ao adentrar o colégio, viram uma enorme placa com os dizeres: "Menos de uma semana para a feira de ciências". Forrest esquecera completamente a feira de ciências, e enquanto caminhava em direção à sua sala de aula, pensou em alguns projetos plausíveis para serem executados em cinco dias.
Após algumas horas desenvolvendo o projeto que escolhera, Forrest reuniu o grupo e repassou a parte escrita. Seu projeto era um Óculos Inteligente, que nomeu como Fast Communication Portable Glasses ( F.C.P GLASSES). Eram óculos adaptado para facilitar a vida dos empresários. Eles poderiam receber e fazer chamadas, armazenar e baixar informações, gravar áudios, fotos e vídeos, e reproduzi-los em alta definição, através de uma caixa de som e um projetor que ele introduziria na armação, além de ajudar a enxergar.
Forrest trabalhou arduamente através da madrugada em seu projeto, terminou a parte escrita e a fiação do protótipo. Ele não dormiu e não fez as tarefas de casa para o dia seguinte.
Forrest estava insano; um louco com olheiras, cabelo bagunçado e frases sem sentido.
O dia passou rápido, Forrest penou para retornar à sua casa. Não conseguia mais se concentar. Ele estava indo a pé, pois perdera o ônibus quando estava saindo da escola. Chegou em seu quintal, ofegante. Deitou na grama úmida, e observou o céu por alguns momentos. Adormeceu sem ao menos perceber que fechara os olhos.
Quando Forrest acordou, estava deitado em sua cama, ainda com as roupas do colégio. O cobertor estava frio, o colchão estava úmido. O chão estava gelado quando ele se levantou. Sua mãe estava na porta com uma caneca de chocolate quente, Forrest olhou pela janela e viu que já era noite. Uma noite de verão, chuvosa.
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O Outro Lado do Bosque
RomanceNévoa... apenas névoa. Interprete como quiser, mas o fato é inegável: a névoa cobria os pensamentos de Forrest. O bosque, tão silencioso, tão misterioso, tão próximo, com uma névoa tão espessa, que impedia qualquer um de ver através de suas altas á...