A Melodia do Silêncio

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Há alguns anos houve um escândalo nos noticiários; um garotinho de cinco anos de idade desapareceu e reapareceu no mesmo dia, porém, com um corte enorme da mão esquerda até o antebraço; o garoto disse que não estava doendo e que não se lembrava como aquilo acontecera. Uns poucos anos depois o mesmo compareceu ao médico, que fez exames específicos e percebeu que a cicatriz do garoto reagia ao receber certos estímulos sonoros.

...

A grama em frente ao bosque estava tingida de vermelho. A Cicatriz sangrava como nunca antes, e o sangue quente escorria pelo seu braço caindo diretamente na terra molhada. Uma sequência de notas fortemente tocadas vinha do interior do bosque. Forrest perdera muito sangue em poucos segundos, estava fraco, a visão já estava turva, estava em choque. Aguardou um pouco para abrir a mochila e pegar seu kit de primeiros socorros, pois seu corpo estava ameaçando cair, Forrest estava querendo desmaiar. Nos segundos de força que teve, enfaixou seu braço com gaze e bandagem e tomou dois flaconetes de glicose. Aguardou alguns instantes para a glicose ser absorvida. Podendo, agora, se movimentar, Forrest arrumou suas coisas e seguiu seu caminho para o colégio

Chegou 30 minutos atrasado. Para sua não surpresa, o supervisor foi tirar satisfação com Forrest e o viu com as bandagens, tirou, assim, suas conclusões e o deixou passar.

Era apenas mais um dia tedioso.

No intervalo, Claire convidou Forrest para conversar. Não fora uma conversa bem sucedida, e enquanto Forrest ignorava tudo aquilo, por trás dele, passou D.Troy; o valentão com 1.80 de altura e 15 anos de idade. Troy era repetente e fazia sucesso entre as garotas por ter músculos bem definidos.
Claire ficou vermelha quando ele passou. Forrest olhou para trás e o viu, ficou tão apavorado que começou a tremer, pois não tinha chance contra Daniel Troy, nem no amor, nem na briga ( só nas provas ). Além de Claire ser mais velha que Forrest, ela tinha 14 e ele 13, o que contribuia ao atlético D.Troy ficar com ela ao invés de Forrest.

Claire aparentemente tinha uma queda pelo atleta débil, como todas as outras garotas. Sendo assim, D.Troy empurrou Forrest para fora da cadeira e começou a falar com Claire.

Quando Troy se ausentou, Claire começou a surtar. Ela estava feliz pois fora convidada para o seu aniversário de 16 anos.
Depois do ocorrido, os 15 próximos minutos correram bem entre Forrest e Claire. Por uma falta de atenção, Forrest prestou atenção no que Claire dizia por um momento;
"Todas as minhas amigas são bv's e eu apostei com elas para ver quem beija primeiro! Mal espero para ganhar! Elas vão ver que eu não sou nenhuma criancinha pra ser BV com 14 anos!".

Era decepcionante. E por alguns segundos, Forrest ficou calado e ponderou sobre o que ela dissera.

Ao final da aula, Forrest encontrou D.Troy na calçada, que parecia irritado. Logo, Troy começou a xingá-lo de variados palavrões (de seu extenso vocabulário); e ao final, Forrest recebeu um soco na cara de brinde. Forrest não prestara muita atenção nas palavras de Troy, mas entendeu que era sobre Claire.

Ao chegar em casa, com a mãe ausente, Forrest preparou o almoço com seus dons culinários e foi se deitar

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Ao chegar em casa, com a mãe ausente, Forrest preparou o almoço com seus dons culinários e foi se deitar. Tudo estava calmo. Mas algo incomodava Forrest; e por alguma razão ele sentia que o bosque era o responsável. A angústia que Forrest sentia era incomum e notável. Porém a angústia vinha do som... Que novamente o assombrava. Ele não aguentava mais a curiosidade, saiu de casa às pressas com uma lanterna na mão. Estava frio do lado de fora e como sempre: o nevoeiro. Enquanto ele seguia o som, sentiu um frio peculiar pela extensão de seu antebraço. Era o sangue, estava escorrendo, foi quando Forrest percebeu que a melodia vinha de um violino.

Ele ainda se recordava da primeira vez em sua cicatriz sangrou, pois era apenas outro dia qualquer. O doutor estava fazendo apenas um check up enquanto escutava um pouco de música clássica no rádio. E foi quando a cicatriz abriu. E sangrou por tempos, até o médico retirar completamente o som; e isso fez com que o doutor se interessasse no caso de Forrest. Daí em diante, as peciluliaridades vieram à tona, pois eram apenas as vibrações emitidas por certos violinos que eram capazes de abrir dua cicatriz.

Ele ficou ainda mais curioso. Quem estaria tocando um violino no meio de um bosque? Seria um de seus vizinhos?
Forrest ignorou as bandagens manchadas e foi diretamente para o limite demarcado entre o bosque e o seu quintal. Passou prendendo a respiração, mas mesmo assim sentiu o vácuo. O som de violino que era altíssimo, se tornou suave e mais melodioso do que nunca. Por dentro, o bosque não parecia tão enevoado, parecia mais nítido e por alguns instantes, achou aquele lugar o máximo. Era de um imenso silencio, aquele lugar ( a menos pelos pássaros, que cantavam baixo e tornavam aquele bosque agradável ); lá o seu coração se sentiu em paz por alguns segundos, sua cicatriz havia parado de sangrar, sua alma se sentiu serena e inocente, se sentiu leve, quase flutuando até algo o atormentar. Folhas se mexeram, um vulto passou por entre as árvores e, como qualquer pessoa normal faria, se afastou, aliás, correu dali o mais rápido que pode.

Algumas horas depois, Forrest se perguntou o que o fizera voltar ao normal O que seria aquele vulto? Seus problemas de ansiedade penetraram sua corrente sanguínea. Sua pressão baixou e Forrest teve uma crise de pânico.

Após se recuperar, esperou sua mãe para o jantar. Mas mesmo tentando focar em outros assuntos, o acontecimentos anteriores rapidamente voltavam a sua mente, a ocupando de modo que Forrest se tornava incapaz de prestar atenção em qualquer outra atividade.

Forrest se arrumou para dormir, porém não era capaz de fechar os olhos. Passou horas lembrando e revisando os acontecimentos de mais cedo e tentando achar um explicação para eles. A adrenalina continuava em suas veias. O suor frio escorria sobre sua pele gélida. Forrest não fechou os olhos por nem um mísero segundo.

E passou a noite nesse tormento: se revirando, pensando, e revisando. Não houve silêncio na mente de Forrest naquela noite, muito menos, no bosque.

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Eae leitores! Tudo bem?
Aqui está amis um lindo e maravilhoso capítulo para o entretenimento de vocês!
E o quarto capítulo lhes aguarda
Muito obrigada por lerem mais esse cap.! Se gostaram, por favor, VOTEM! É simples, rápido e de GRAÇA( pse)! So clicar nessa estrelinha aí embaixo!

Muitas coisas estão por vir....
Bjs da Harumi !

😚😘❤

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