Sobre um jovem londrino que na década de 1890 vai visitar seu primo no sul da Inglaterra. Esse primo veio do Brasil com uma pantera negra. O jovem acaba indo parar dentro da jaula da fera conhecida como "O Gato Brasileiro"
O Gato Brasileiro (The Brazilian Cat) - Sir Arthur Conan Doyle - 1898
Essa novela foi escrita por Arthur Conan Doyle em 1898. Tradução de Sérgio Portugal em 2018. A trama ocorre no final da década de 1890. Nesse período praticamente não havia automóveis. O telefone estava nascendo e o telegrama era o meio de comunicação mais dinâmico. Arthur Conan Doyle traz junto com essa deliciosa aventura um relato dos costumes de uma época. Para quem não sabe, Arthur Conan Doyle foi o escritor que criou o famoso detetive Sherlock Holmes. Havia muita formalidade na comunicação entre as pessoas pertencentes à aristocracia daquele tempo. No século atual a linguagem é muito mais informal. Decidi traduzir esse texto por não ter encontrado nenhuma tradução que me tivesse me agradado. Arthur Conan Doyle (22 de maio de 1859 - 7 de julho de 1930) criou o famoso Sherlock Holmes, o mais filmado personagem de ficção de todos os tempos segundo o Livro dos Recordes Guiness. Esse médico escocês inspirou inúmeros autores, uma fã sua era nada mais nada menos que Agatha Christie !!! As ilustrações são de Sidney Edward Paget (1860 - 1908), um ilustrador britânico famoso. São universalmente conhecidas os desenhos de Sherlock Holmes na revista "The Strand Magazine". Foi ele quem deu a forma ao mais famoso dos detetives.
Boa leitura !!!
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O Gato Brasileiro - Sir Arthur Conan Doyle - 1898 (The Brazilian Cat)
É difícil para um jovem ter gostos caros, grandes expectativas, conexões aristocráticas, mas sem dinheiro real em seu bolso e nenhuma profissão pela qual possa ganhar algum. O fato era que meu pai, um homem bom, otimista e bon vivant, tinha tanta confiança na riqueza e benevolência de seu irmão mais velho solteirão, Lorde Southerton, que ele tinha como certo que eu, seu único filho, nunca seria chamado a ganhar a vida por mim mesmo. Ele imaginou que, se não houvesse uma vaga para mim nas grandes propriedades de Southerton, pelo menos haveria algum posto no serviço diplomático que ainda permanece para a reserva especial de nossas classes privilegiadas. Ele morreu cedo demais para perceber como seus cálculos estavam errados. Nem meu tio nem o Estado deram qualquer atenção ou demonstraram interesse em minha carreira. Ocasionalmente meu tio me presenteava com alguns faisões, ou carne de lebres, era tudo o que me chegava para me lembrar que eu era herdeiro da Casa de Otwell e de uma das maiores fortunas do país. Na verdade eu era apenas um solteiro aristocrático morando em um conjunto de apartamentos em Grosvenor Mansions, sem ocupação, exceto a de atirar em pombos e de jogar polo em Hurlingham. Mês a mês, percebi que era cada vez mais difícil conseguir dinheiro emprestado junto aos bancos e agiotas, ficava cada vez mais difícil conseguir crédito. A ruína estava no caminho, e com o passar dos dias eu a via mais clara, mais próxima e absolutamente inevitável.
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