Se aviões, navios e pessoas estão sendo seqüestrados, especialmente dentro do Triângulo das Bermudas, e em outras áreas do mundo, por OVNIs ou outros engenhos e meios, um fator importante de qualquer investigação deve ser as considerações acerca de uma ou várias possíveis razões. Alguns pesquisadores têm sugerido que entidades inteligentes, anosluz cientificamente mais avançadas se comparadas aos povos relativamente primitivos da Terra, estão empenhadas em observar nossos progressos através dos séculos e eventualmente irão intervir para impedir que nossa civilização venha a destruir o seu próprio planeta. Isto seria, é lógico, a admissão da existência de uma natureza altruística da parte destes seres de um espaço exterior ou interior, um fato nem sempre dominante entre exploradores ou pioneiros. Por outro lado, talvez seja possível que exista, nas vizinhanças do Triângulo das Bermudas e certas localizações nodais de correntes gravitacionais eletromagnéticas, uma porta ou uma janela para uma outra dimensão no tempo ou no espaço, através da qual seres extraterrenos suficientemente sofisticados nas ciências possam penetrar segundo sua própria vontade, mas que quando encontrada por humanos represente uma rua de mão única, da qual o simples retorno seria impossível devido ao nível de seus aperfeiçoamentos científicos* ou, vedada por forças alienígenas. Muitos dos desaparecimentos, especialmente aqueles que dizem respeito às tripulações completas de alguns navios, sugerem expedições de captura, coleta de exemplares humanos para jardins zoológicos espaciais, exibições em eras diferentes no desenvolvimento planetário ou para experiências. O Dr. Manson Valentine sugere que podem haver vários e quem sabe? — até mesmo grupos antagônicos de visitantes espaciais, ou das profundezas oceânicas, ou mesmo de outra dimensão, alguns talvez até aparentados — nossos próprios primos de muitos milhares de anos passados, suficientemente civilizados para terem uma razão altruística para nos proteger e à própria Terra, ou pragmaticamente preocupados com o seu próprio meio ambiente. A partir deste último ponto de vista é evidente que a Terra e suas populações estejam cada vez mais caindo em um perigo maior e de âmbito mundial de ruínas e destruição. Esta situação talvez já tenha até acontecido em diversas ocasiões nos milênios passados, mas apesar da Terra haver passado por um grande perigo, não se tornou inabitável como talvez tenha sido o destino de vários de nossos planetas vizinhos e suas luas. Memórias de catástrofes mundiais quase-fatais ainda continuam preservadas entre certas raças antigas que praticamente desapareceram. De acordo com as tradições de várias destas raças da antigüidade, não houve apenas uma, mas várias catástrofes de âmbito global. As raças indígenas da América Central contam que se viram frente à frente com três fins de mundo até os dia> de hoje estão à espera do quarto fim do mundo — desta vez pelo fogo — numa data não muito longínqua no futuro. Os Hopi, que, entre as tribos de índios dos Estados Unidos, são os que guardam os registros mais completos e estranhamente detalhados de suas peregrinações e dos rumos do próprio cosmos, falam também de três fins de mundo anteriores, uma vez devido a erupções vulcânicas, uma vez causado por terremotos e uma rotação temporária do planeta fora de seu eixo e uma terceira vez pelas inundações e o afundamento dos continentes
devido aos habitantes guerreiros do "Terceiro Mundo" estarem destruindo mutuamente suas cidades por meio de uma guerra aérea. Fica interposta a referência de que a Terra rodou fora de seus eixos, o que já é uma indicação de extraordinários conhecimentos mantidos por uma tribo indígena muito pequena, não somente da verdadeira forma da Terra, mas também de sua rotação. A teoria da Terra perder o seu movimento giratório e depois tornar a reajustá-lo está de acordo com uma teoria científica recentemente desenvolvida por Hugh Auchin-closs Brown, que afirma que os distúrbios de rotação foram causados por um excesso de peso do gelo sobre um dos pólos. Antigas lendas religiosas da índia contam das nove crises do mundo, enquanto outras culturas da antigüidade variam de acordo com o número, porém não quanto à negação de catástrofes globais. Platão, em seu diálogo Critias, cita um sacerdote egípcio que contou ao legislador ateniense Solon, durante uma viagem ao Egito, o seguinte: "... Já houve, e vai haver novamente muitos extermínios da humanidade em conseqüência de causas diversas." E depois de explicar a Solon como os egípcios, devido a seus registros, tinham conservado as memórias de alguns destes acontecimentos, ele supostamente observou: "... e então, no período atual, as correntes dos céus descerão como uma pestilência... e assim vocês terão de recomeçar novamente como se fossem crianças... (acrescentando, como uma advertência à falta de observações por parte dos gregos). Vocês se lembram apenas de um Dilúvio, quando vários deles já aconteceram..." A teoria cíclica da civilização, aceita no mundo antigo e ainda em certas regiões da Ásia, forma um contraste marcante com a teoria do progresso de nossa própria cultura e sua preocupação com o correr do tempo e com a luta constante para o avanço da civilização e do desenvolvimento científico. Enquanto nossos conhecimentos aumentam, no entanto, nós passamos a descobrir que o que eram apenas suspeitas de observadores da antigüidade pode muito bem ser o que realmente sucedeu. Catástrofes mundiais e destruições de civilizações inteiras podem ser o resultado de uma variedade enorme de causas, muitas das quais enfrentamos hoje em dia, mas que resolutamente nos recusamos a encarar. Proeminente entre todas é a questão da superpopulação, um problema que se encontra em alusões nos registros da antigüidade, não somente no Mahabharata, como se o subcontinente indiano houvesse sofrido em determinada ocasião de uma estrangulante superpopulação. A guerra nuclear, sugerida igualmente nos registros da antigüidade, é um dos outros problemas importantes de nossos dias, e é, logicamente, uma maneira inadvertida de resolver o problema da superpopulação, apesar de acarretar o dilema da destruição de boa parte da vida do planeta e até mesmo de prejudicar a sua futura habitabilidade, se as reações atômicas forem bastante fortes, causando desastres sísmicos e eventualmente inundações resultantes do degelo das calotas polares. Outras catástrofes podem estar se desenvolvendo agora mesmo, não-relacionadas às atividades atômicas, mas ligadas ao desenvolvimento tecnológico, cujos resultados só serão conhecidos com o correr do tempo. Pois hoje, além dos nossos testes atômicos, resíduos nucleares, poluição ambiental do ar e das águas, desequilíbrio da ecologia, e outras coisas, estamos inconscientemente envolvidos em diversas experiências gradativas que poderão eventualmente causar conseqüências surpreendentes.
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O triângulo das bermudas
AcciónAo mar e seus mistérios cujas revelações talvez nos façam saber mais a respeito de nós mesmos...