Bryan Smith

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Eu nunca tive nada de mão beijada, bom você deve estar se perguntando e quem teve? Vamos do início, me chamo Bryan Smith, tenho 23 anos, acabei de sair da universidade de administração. Não tenho familia, bom tenho um pai e uma mãe em algum lugar. Não os vejo à 10 anos, quando me expulsaram de casa.

Então você se pergunta, como expulsam seu filho de casa de apenas 13 anos? Facil! Eu explico como aconteceu.

"Estava voltando da escola mais cedo, esse dia teve prova e fomos despensados a medida que fôssemos acabando as provas. Eu terminei e fiquei esperando meu amigo, Charlie, éramos inseparáveis.

- Hey Bryan!- gritou enquanto corria até onde eu estava, encostado em uma árvore em frente à escola- Pensei que já tivesse ido embora e me deixado

- Você sabe que eu nao faria isso Charlie -Sorrio para ele - Isso é mais sua cara - lhe dou uma cotovelada de leve

Ele me abraça pelo pescoço e anda comigo assim. Já era uma mania, eu nem ligava, confesso que até gostava. Eu gostava da sua proximidade, eu gostava quando me abraçava e quando era carinhoso. E comigo ele sempre era carinhoso.

De repente ele meu puxa pela mão me levando para um canto isolado, acho que era um beco, nao reparei muito bem.

- Bryan hum...é... Bom estou à tempo querendo fazer isso. Por favor nao fique com raiva de mim.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, sinto seus lábios nos meus. Minha primeira reação foi arregalar os olhos e ficar estático. Mas eu nao sabia que também queria aquilo até sentir sua boca. Foi meu primeiro beijo, e foi com meu melhor amigo. Acordo do transe e seguro seu rosto abrindo minha boca e dando passagem para sua língua. O beijo durou por um tempo e o encerramos por falta de ar. Ele cola nossas testas e sorri para mim.

- Uau. Nao sabe por quanto tempo eu quis fazer isso Bryan. Eu gosto de você à tanto tempo. Mas guardei isso com medo de te perder.

- Eu sempre senti coisas boas com você. Gostava quando me tocava e quando me dava carinho. Eu nao entendia o que era até esse momento. Não sabia que era isso que eu queria

Ficamos por um tempo e depois fomos cada um para sua casa. Durante um mês ficamos juntos, aproveitavamos cada momento juntos. Eu na minha inocência nao pensava que as pessoas repudiariam isso. Ou melhor nao pensava que meus pais me repudiariam.

Eu estava feliz, mesmo estando escondido com ele isso me fazia feliz. Achei que meus pais também ficariam. Mero engano. Decidi contar em um dia que por milagre meu pai nao tinha bebido estávamos jantando juntos como à tempos nao fazíamos. Achei que aquele seria um bom momento.

- Mãe, pai preciso contar uma coisa para vocês - eles nem se quer me olharam.

- O que é? - foi o que minha mãe disse simplesmente.

- Eu gosto de uma pessoa. Eu gosto do Charlie. - soltei rápido e nervoso.

- COMO É? VOCÊ É UM VIADINHO DE MERDA? ENTÃO QUER DIZER QUE A PRAGA DE FILHO QUE EU COLOQUEI NO MUNDO FICA DANDO A BUNDA POR AÍ

Meu pai gritava nervoso, eu via o ódio em seus olhos. Me encolhi na cadeira quando ele arremessou tudo que tinha nela ao chão. Olhei chorando para minha mãe e ela nao esboçava nenhuma reação. Nada. Era como se nada estivesse acontecendo na frente dela. Eu preferia que tivesse continuado assim. O olhar que ela me deu, eu nao esqueço até hoje, muito menos suas palavras.

- Eu nao quero ter que olhar mais na sua cara. Eu nao estraguei meu corpo e minha vida pra colocar no mundo uma putinha nojenta - ela olhou para meu pai - Dê um jeito nisso e se livre dessa coisa nojenta da minha casa. - nisso levantou da mesa e subiu para o quarto.

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