Inevitável

Bryan Smith

Saí da sala do Michael frustrado, tem algo de muito errado acontecendo e ele não quer me contar. Vou para o elevador preciso entregar esse documento para o Mark. Quando o elevador se abre sai um monte de seguranças , com toda a porra da certeza tem algo acontecendo. Peço que Crystal leve o documento para o Mark e volto para a sala do Michael espero os seguranças entrarem dou um tempo e entro em seguida sem bater, e vejo eles revirando a sala em busca de alguma coisa, Michael me olha e se assusta, passa por mim saindo da sala e faz sinal que eu o acompanhe.

- Que porra está acontecendo Michael Sullivan? - pergunto sério e muito irritado

- Calma bebê não é nada demais- responde claramente nervoso.

- Vai tentar me enganar até quando? Essa é a ultima chance que te dou Michael, ou você fala que caralho que está acontecendo, ou está tudo acabado. - falo sério e o vejo arregalar os olhos.

- Bryan por favor, você não está falando sério não é? - me olha assustado.

- Eu nunca falei tão sério na minha vida, pensei que você tinha deixado de ser aquele homem egoísta que só pensa em si mesmo e esquece como as outras pessoas estão se sentindo. - vejo mágoa no seu olhar e me sinto um merda por causar isso nele, por não controlar minha boca quando estou nervoso.

- Então é isso que você pensa de mim? - ele abaixa a cabeça por um tempo, e volta a me olhar- Tudo bem, pode voltar ao trabalho senhor Smith, ja acabamos por aqui, ah e quando for entrar em minha sala bata por favor.

- Michael.... - o chamo, mas ele ja entrou em sua sala. Saio dali me sentindo um lixo, preciso conversar com alguém e vou para a sala do Mark. Pego o elevador e desço em seu andar, encontro ele na mesa de outro advogado explicando alguma coisa,quando me vê sorri mas logo fecha a cara notando que tem algo errado. Fala alguma coisa com o outro e vem em minha direção.

- Vamos para a minha sala e você vai me contar o porque dessa cara de velório. - fala sério indo para sua sala e o sigo. Ele senta no sofá e faço o mesmo. - Agora conta o que aconteceu.

- Eu te contei que o Michael anda estranho esses dias, e me mantendo afastado - ele concorda com a cabeça - Então, hoje o confrontei e disse para ele terminar logo comigo que não precisava sentir pena e que daquele jeito eu estava sofrendo mais.

- Bryan não acredito nisso, não acredito que você pode pensar que aquele homem não quer mais nada com você, ele só falta beijar o chão que você pisa. - ele fala sério.

- Ele disse para eu não duvidar do amor que ele sente por mim, que tudo ia se resolver, agora me diz tudo o que? - falo frustrado - Entao depois disso uma renca de seguranças entraram em sua sala revirando tudo, eu o confrontei e acabei falando coisas horríveis para ele. Seu olhar magoado me machucou demais Mark, eu essa essa mania idiota de não conseguir controlar a língua quando estou nervoso.

- É normal Bryan, você está se sentindo por fora da vida dele, acha que ele está te escondendo alguma coisa, mas e se for problemas com a empresa ou com os irmãos? E se ele estiver sofrendo ameaças? É normal ja que ele é um homem importante. - ele deita minha cabeça em seu colo e fica mexendo em meus cabelos, ele e Andrew tem essa mania de me tratar como um bebê. - Ele pode só não estar querendo te preocupar.

- Mas se o Michael estiver passando por isso eu gostaria de saber, nem que seja pra ficar ao seu lado, mostrar para ele que estou com ele para tudo.

- Ele sabe Bryan, aquele homem pode ter milhares de defeitos, mas uma coisa me admira nele - ele me olha- A confiança e a admiração que ele sente por você não tem igual. O olhar carinhoso, o sorriso isso tudo só existe para você. Então não seja tao duro com ele. - fala continuando com os carinhos em meus cabelos.

- Obrigado! - sorrio- Mark você sabe que não sou uma criança né? Você e o Andrew tem essa mania toda vez que não estou bem. Mas eu gosto, não tive esse carinho em minha vida, sem ser do Charlie - minha boca amarga quando falo seu nome e sinto um arrepio pelo corpo.

- Não gosto desse cara, ele tem uma ruindade no olhar, e o jeito que ele te olha da vontade de socar ele. - Mark fala nervoso - Você contou para o Michael sobre as investidas dele?

- Eu não o reconheço mais, ele era tão doce e agora me dá medo - respiro fundo - Não tive a chance de contar, eu sei que ele pode pensar errado se isso chegar à ele se não for por mim. - suspiro. Nesse momento a porta é aberta e por ela passam Michael e Jackson, os dois não estão com a cara boa.

- Mark se possível posso usar sua sala para conversar com o Bryan? - ele fala sério e fico com medo.

- Claro senhor Sullivan - Mark me olha - Vou estar lá fora, nao fale nada que você vá se arrepender - fala e sai da sala seguido pelo Jackson.

- Acho que precisamos conversar Michael, esclarecer o que está acontecendo - falo exitante.

- Sim e isso acaba agora.

Mark Davis

Saio da sala preocupado com Bryan, espero que tudo seja resolvido, Jackson me acompanha e sua cara não está nada boa.

- Vocês, hum....é - ele se atrapalha para falar.

- A gente o quê?

- Vocês sempre ficam assim juntos? - pergunta olhando para baixo e eu só consigo rir.

- Juntos? Se você estiver falando dele com a cabeça em meu colo, sim, Andrew e eu temos essa mania quando Bryan está mal. Isso o acalma, percebemos à alguns anos quando o conhecemos, ele estava tendo uma crise da pânico - suspiro triste lembrando o motivo - Então desde sempre fazemos isso, óbvio que ele fala que não é uma criança, mas gosta.

- Vocês são muito amigos né.

- Mais que isso, esses dois são minha família. - sorrio.

- Mark estou tentando, eu juro - fala se aproximando - Mas não consigo ficar perto de você sem querer te agarrar - eu sinto o mesmo Jackson, eu quero tanto você que chega à ser doentio, mas não posso, pelo menos por enquanto eu não posso, e também não posso fazer você me esperar isso não seria certo, era isso que eu queria falar para ele mas nao conseguia.

- J-Jackson já falamos sobre isso por favor... - sua aproximação, seu perfume estavam me deixando louco - E-eu nao posso, por enquanto não posso - falo sôfrego.

- Então ainda vou poder ter você, eu vou poder te beijar, te tocar sem você dizendo que isso é errado? Um dia você vai me dizer porque não pode ser meu? - eu até diria, mas você não entenderia Jack, acharia isso doentio, será que sentiria nojo de mim?

- Eu... - estava prestes a responder ele quando seu celular toca. Ele pede um minuto e atende.

- Analice? Sim estou na empresa....no vigésimo quinto....ele ta aqui tambem....na sala do Mark... ta bem beijo. - desliga e me olha- Analice na empresa isso é estranho, mas o que você ia me falar?

- Eu não posso prometer isso pra você, você não entenderia - Nesse momento Analice sai do elevador e passa por nós com uma cara nada boa.

- Não entrem aqui. -fala sério entra e fecha a porta, Jackson e eu nos olhamos sem entender.