Inevitável

Epílogo

Bryan Smith

Já havia se passado 2 meses do nosso casamento, estávamos vivendo nosso amor, mas não se engane achando que é um mar de rosas mesmo ele sendo um marido incrível. Temos nossas brigas que acabam com os dois suados e ofegantes na cama, acho que brigamos só por isso. Continuo sendo seu assistente não abro mão disso, ele se acha pensando que é por ciúmes, eu nego até a morte mas é por isso mesmo, mas ele também não fica atrás pense em um homem ciumento e multiplique por dez e o resultado será Michael Sullivan.

Analice anda pior se afundando mais em si mesmo. Antes ela ainda me recebia agora não quer ver ninguém. Andrew tentou falar com ela e recebeu um vaso em sua direção. Algo mudou entre eles depois daquele fim de semana na casa de campo. Não sei o que é porque nenhum dos dois falam nada. Jackson anda estranho e assustado algo está acontecendo, mas ele também diz que não quer me preocupar.

- Amor estou saindo pra correr tudo bem logo eu volto - Mike tem essa mania de correr todo dia antes do trabalho. Isso porque a academia em casa ainda nao está do jeito que ele quer. Tomo um banho e me arrumo indo para a cozinha, mesmo com as reclamações de Elena eu sempre a ajudo.

- Bom dia Leninha - falo a abraçando e beijando sua bochecha.

- Hoje fui mais rápida garoto e já está tudo pronto - fala rindo.

- Não acredito nisso - falo rindo e me sento no balcão.

- Você precisa parar com essa mania chata de que eu preciso de ajuda - fala e revira os olhos, eu só consigo rir. Ela sabe muito bem que não vou parar. Escuto a porta da sala fazer um estrondo e um choro fininho e me levanto rápido, logo escuto a voz do Mike.

- Bryan, Elena cadê vocês? - apressei os passos ao ouvir a urgência em sua voz, me surpreendo ao ver ele com um bebê no colo enrolado em um saco preto, e meus olhos marejam.

- A-amor? É é um bebê? - pergunto o óbvio por estar totalmente sem reação. Me aproximo pegando o bebê da sua mão examinando seu corpinho, e céus era um recém nascido. Ainda estava com o cordão umbilical - O-onde? Como?

- No lixo amor - ele fala desolado e com os olhos marejados.- Eu estava correndo pelo bairro quando passei por uma caçamba e escutei um chorinho baixo, e-ele.... o saco estava amarrado amor - o choro toma conta e Elena pega o bebê dos meus braços.

- Vão comprar roupas, fraldas, mamadeira essas coisas enquanto vou dar banho e esquentar essa princesa E ligar para um médico, ela precisa de cuidados - ela diz autoritária depois sorri

-Princesa? - pergunto me aproximando e sorrio

- Vão logo, estão esperando o que? - Nem espera que a gente responda e sai andando com a bebê.

- Vamos fazer o que ela disse amor, temos que avisar a polícia sobre o caso. Ela vai ter que ir para um orfanato. Não merece isso - falo triste, pois se dependesse só de mim ela ja seria minha.

- Ela não vai para nenhum orfanato, eu não sei você mas essa menina é minha - ele diz firme e sinto tanto orgulho do meu marido.

- É nossa amor, era isso que estava passando por minha cabeça. Agora vamos comprar logo o que a Leninha pediu senão ela nos mata - sorrio selando nossos lábios, não estava acreditando que era pai.

- Vou ligar para o Jack para ele resolver isso sem precisar daquela burocracia toda. Nao quero minha menina no orfanato. - ele diz convicto e só me faz o amar ainda mais.

- Eu te amo meu Michael - selo nossos lábios e me separo - Agora vamos nossa menina está precisando de algumas coisinhas. - Falo animado, compramos o necessário por enquanto. Mike falava ao celular com o Jack explicando toda a situação enquanto eu ia pegando o que a Elena tinha pedido. Voltamos rápido para casa indo direto para ela. Procuramos por Elena que estava no quarto de hóspedes com a bebê enrolada em uma manta já tomada banho.

- Demoramos? - pergunto me aproximando delas.

- Não muito menino, agora me dê essas coisas para que eu possa trocar essa princesinha, não é princesa mas é tão linda - fala o fim da frase com voz infantil e sorrio. Depois de trocada, Elena faz a mamadeira e insisto em dar para ela. Eu realmente estava apaixonado por essa bebê, e faria de tudo pra ficar com ela. Mike se aproxima sentando ao meu lado me abraçando e segurando sua pequena mãozinha.

Ouço a campainha tocar e Elena vai atender dizendo ser o médico, logo ela sobe com ele que era nada mais nada menos que Andrew, ele nos cumprimenta educado e pede licença para examinar a pequena. Corta o cordão ainda preso e diz que por um milagre a bebê estava saudável, mas era necessário consultas de rotinas e que tinha um colega pediatra que era de confiança e aceitamos sua indicação. Nos despedimos do Andrew que parecia não muito bem ultimamente e deitamos cada num de um lado da pequena ficando a sós com ela.

- Pais amor... Somos pais agora, isso é louco e inacreditável - Mike disse olhando hipnotizado para ela enquanto segurava sua mão.

- Precisamos contar aos outros nao acha? A Lice... Espero que goste da idéia - sorrio fraco e suspiro.

- Amor ela vai sair dessa, não podemos prever quando mas uma hora nossa vida muda, uma hora acontece coisas que não somos capazes de explicar. As vezes boas as vezes não. Mas que de um jeito mudam nossa vida por completo, eu sei que ela vai sair desse poço que ela está se afundando. Como um dia eu saí ao conhecer você, um garoto impertinente que brigou comigo na rua e que se tornou meu tudo. E que agora está embarcando nessa loucura de pais comigo. Aconteceu e foi Inevitável.

Meus olhos marejam com as palavras do meu marido e me estico um pouco selando seus lábios calmamente

- Te amo Mike.

Analice Sullivan

2 meses, 2 malditos meses desde aquele fim de semana. O qual ainda me pergunto onde estava com a cabeça para deixar me levar daquele jeito, ah claro estava com a porra da mente cheia de álcool. Porque torturar os olhos de outra pessoa com essa visão horrenda? Já não basta eu me torturar assim? E o pior foi ter consequências desse meu ato estúpido, eu não mereço salvação, aliás eu nem tenho ela.

Mark Davis

Eu sabia que viveria com essa sombra, esse medo me perseguindo não importasse quantos anos se passassem ele iria aparecer novamente. E eu estava mais que certo, e não podia lutar contra isso, ja existia marcas demais e estava fraco. Mas agora tudo seria pior, porque eu tinha alguém em meu coração, alguém que eu nunca poderia ter por ser tão sujo assim, e agora precisava arrancá-lo da minha mente e do meu coração para que não se afundasse nessa sujeira que era minha vida e que estava prestes a ficar mais imunda.

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa (pequeno surto sksks)

Voltei meus amores e peço milhões e milhões de desculpas, eu ja tinha uma parte do epílogo escrito e algo me travou, eu não sabia o que faria com os outros personagens, eu não poderia deixar a história deles inacabada não é mesmo? E também a parte que eu tinha precisei reescrever três vezes pois o queridissimo Wattpad apagava. Bom quero agradecer a todos que leram Inevitável, vocês me deixaram muito feliz, de coração. Foi apenas uma ideia e uma vontade que tinha à muito tempo e coloquei em prática, não imaginei que teria tantas leituras e comentários positivos. Confesso que fiquei com vergonha até da minha familia que estava acompanhando também. Obrigado meus amores, um beijinho em cada um rsrs.

Agora vou trabalhar no livro da nossa Analice e nosso Mark, sim o livro contará a história dos dois simultaneamente( foi o que demorei pra decidir) já que se passam ao mesmo tempo, pode ser que eu mude mas esse nome surgiu ainda quando estava no meio de Inevitável, o livro dos dois se chamará Save-me, o que acho super certo.

Bom vou parar de falar, votem e comentem o que acharam, beijos meus amores 😍😘💖