Pequenas Ideias

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Tinha mandado as informações às autoridades, o tempo estimado para espera era de no máximo 72 horas, por causa da emergência do caso. Estava sentada dentro da tenda em minha cama lembrando de minha conversa com Charlie mais cedo, o sol estava se pondo e a tenda ficava num tom rosado que que me fazia sorrir..

-Major.., capitão Jessy se apresentando. - Suspiro olhando para o chão.

-Entre capitão. - Ele entra se apresentando e se senta em uma cadeira que ficava perto da cama. Em minhas mãos eu tinha a foto minha e de Ruan. Olhava ternamente e cada vez me sentia mais perdida sem nunca mais saber do paradeiro dele, mesmo morto ou em forma de zumbi, não tinha nenhuma informação sobre ele. Ele me observava, eu sentia isso, olho para o lado e o vejo.

-Precisa de algo?

-Acho que é você que precisa. -Ele vem e se ajoelha na minha frente e pega a foto da minha mão e olha ficando assustado. Olho ele atenta.

-O que foi? Por que está com essa cara?

-Nada. -Ele sorri observando e me olha. - Faz falta ainda? digo.. -Ele gagueja. - Muita?

-Meu coração fica calmo assim que vejo essa foto, como se ele ainda estivesse aqui, comigo. - Sorrio fraco olhando pra ele e ele coloca a foto na bancada ao lado da cama e pega em uma de minhas mãos, a direita, que ainda tinha uma aliança.

-Acho que se você tirar essa aliança se sentirá melhor, não acha? - O olho perplexa e tiro minha mão da dele, ele também tinha uma. estava sendo idiota.

-Não tenho isso em mente e nem quero, obrigada.

-Me desculpe se fui rude. - Ele se senta no chão no mesmo lugar onde estava ajoelhado. Eu suspiro e observo o rosa da tenda ir escurecendo. - Daqui a pouco já precisamos começar a ronda e modificações dos comandos.

-É... eu sei. - Ele pega sua carteira e me entrega uma foto. 

- Essa é a bárbara, o amor da minha vida. - Pego a foto e observo. 

-Ela é linda.

-É sim. - Ele sorri olhando a foto.

-A embaixada te deu alguma chance de encontrar ela dentro da Operação?

-Eu.. prefiro não pensar muito nisso.. -Ele suspira


(...)

"Ainda estava sonhando? Eu via você e minha saudade só aumentava"

Acordo assustada suando e olho ao redor. O dia já tinha amanhecido e eu estava olhando o nada pensando no que havia acabado de sonhar.

-Ruan.. -Sussurro num tom de saudade e ódio por não o ter ajudado quando pude, agora eu tinha a cura em minhas mãos, mas não tinha mais ele. Me levanto e começo a me arrumar.

-Major? -Alguém do lado de fora me chamava. Era meu avô, reconhecia a voz dele em qualquer lugar, logo dou um breve sorriso e vou ao encontro dele.

-Bom dia senhor. -Bato continência e ele sorri.

-Sabe que não precisa fazer isso, você é minha neta.

-Mas primeiramente ninguém sabe e por último, é uma questão de respeito Charlie. -Ele sorri orgulhoso e me abraça rapidamente. 

-Você está bem? -Ele diz assim que me solta. - fique sabendo que recebeu uma visita aqui ontem. - Reviro os olhos de vergonha e também de raiva.

-Quem te falou isso?

-Uns soldados que estavam no posto de vigia ontem a noite. Quer me contar sobre?

-Charlie, não aconteceu nada, eu e Jessy apenas conversamos, simples assim. As pessoas falam demais do que não sabem, me admiro você acreditar nisso. -Fico perplexa e vou para o banheiro. Ele fica um tempo parado e depois vai até o banheiro.

-Desculpa mocinha, sabe que as vezes falo coisas que saem da cabeça sem eu saber 

-Mas não gosto que saiam esse tipo de coisa. - O olho séria.

-Ta bom. ahm, eu vou comer algo, depois eu volto aqui

-Ta bom.. - Falo fraco como quem quisesse chorar assim que ele fosse embora, e assim aconteceu


(...)

-Senhora.. O dr. Black está lhe pedindo presença imediata no laboratório. Estava em meu escritório resolvendo o caso misterioso do excesso de drogas.

-Diga a ele que chego em 5 minutos.

-Sim senhora. -Ele bate continência e sai. Era um soldado muito educado.

Termino de arrumar toda a papelada e guardo em um local seguro e me levanto ajeitando as vestes e vou ao encontro do  dr. Black.

-Me chamou? -Ele estava de costas olhando números no computador. Logo que ouve minha voz se vira rapidamente.

-Sim, eu gostaria de saber a nova data de envio dos lotes.

-Assim que tudo for normalizado, não irá demorar muito, será o primeiro a saber.

-Sim senhor, mas pessoas lá dentro estão precisando da droga.

-Vou enviar o drone R15 hoje para fazer a checagem do local, amanhã a noite eu terei a resposta.

-Se o número de sobreviventes diminuir, saiba que foi por causa dessa demora. -Olho para ele bem fixa e vou me aproximando devagar.

-Isso é uma ameaça? Acho que pode perder o cargo por isso, ameaçar uma autoridade como eu é desafiar o Diabo a entrar no inferno.

-Sei. -Ele sorri ironicamente e caminha de volta ao computador. - Já pode ir senhora, era só isso


(...)




Meu namorado e um zumbi 2Onde histórias criam vida. Descubra agora