O traficante e a filha do juiz

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POV Igor

- eu odeio o Kikão - a garota repetiu pela milésima vez desde que fechou a porta do nosso novo barraco - eu não entendo o porquê desses donos de morro serem tão cuzoes, podem ter todas as mulheres mas preferem aprisionar, estrupar e raspar o cabelo das que mais gostam deles. Sem ofensas a vocês mas traficante é um bicho de outro mundo, quero ver a hora que meu pai vai esbarrar com ele em algum julgamento e eu vou tá lá pra falar "bate na tua mulher agora seu covarde do caralho"

- tem nenhuma cerveja aqui - JP disse após analisar a geladeira - vou fazer um corre no mercado

- trás alguma coisa pra comer também - Babi disse - tô na larica

- tu não tem casa não ? - JP perguntou

- olha que eu mando tua localização pra sua mulher - ameaçou - se nem falou pra ela que tinha caído fora, na hora que ela for chegar lá no pique chefia vai te encontrar e te catar de soco rapidinho

- vai querer comer o que ? - JP perguntou e sorriu para a mesma

- só porque é você quem vai pagar vou querer comida japonesa - ela disse sabendo que o mesmo odeia tudo que é cru

- vou trazer só a cerveja mesmo, daqui a pouco começa o nosso novo horário de trampo, se a outra pessoa que mora nessa casa quiser ela pode matar a fome comendo uma buceta no caminho - falou enquanto saia

- e se tu sentir fome come o cu dele- ela disse e ele deu risada enquanto saia

Ficamos em silêncio por alguns segundos enquanto ela se sentou na outra ponta do sofá

- valeu aí - agradeci - pela força

- como eu já disse gosto de ter aliados - ela disse enquanto mexia no celular

- você tá bem ? Espero não ter sido bruto demais ontem a noite - perguntei me referindo a noite mais incrível da vida dela a qual eu proporcionei

- seja menos - ela disse - você devia me agradecer por ter deixado você ter a oportunidade de me ter por uma noite

- nem parece que daqui a alguns minutos se o JP não chegar você vai voltar a gemer gostoso o meu nome - provoquei e ela deu uma risada engraçada

- não era eu quem estava "gemendo gostoso" ontem a noite - ela disse provocando

- quer fazer o teste ? - perguntei e sorri

- vamos ver se você me convence- essa foi a deixa pra gente começar a se agarrar naquele sofá que já deve ter presenciado coisas nojentas

Assim que eu tirei sua blusa e o negócio começou a esquentar o celular dela tocou

Ele fez um gesto colocando o dedo sobre os lábios me mandando ficar em silêncio e atendeu

- Oi pai - disse calmamente enquanto eu descia os lábios por seu pescoço - sim, não tudo bem eu já estou indo pra casa. Me buscar ? Não precisa eu encontro com vocês aí. Beijos amo você - e então desligou me puxando e juntando novamente nossas bocas - tô indo embora - falou se levantando e vestindo a blusa - mas não precisa chorar ex patrão, uma hora eu volto

- e eu vou esperar - falei - só não demora muito porque assim que as Maria fuzil me encontrar por aqui tu perde a vez

- eu me garanto, sei que tu vai fuder elas pensando em mim, gemendo por mim, implorando por mim e quem sabe até chamando por mim - ela disse ajeitando o cabelo

- a sua auto-estima é impressionante Bárbara - falei enquanto a acompanhava até a porta

- você ainda não viu nada Magrin - me deu um último selinho enquanto saia dali descendo o morro calmamente

Como pode uma mina do asfalto se sentir tão segura em um morro?

Ainda não são nem cinco da tarde entre não tem problema ela ir sozinha, espero que o JP realmente traga algo pra comer