Nice Girl (Hiatus)

Meu único desejo é que tenhamos um amanhã [Nice Girl: stage one]

Esse capítulo é MUITO pesado. Apesar do Jimin afirmar com todas as forças que tudo que fez foi por amor, isso tudo é uma grande doença. NÃO HÁ APOLOGIA AO ESTUPRO OU A QUALQUER ATO DE ÓDIO E/OU VIOLÊNCIA. É óbvio que a visão do Jimin é TOTALMENTE DISTORCIDA, lembrem-se do tipo de pesoa que ele é, né?

Este é o fim da nossa Nice Girl, o primeiro estágio: a boa garota.
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Nice Girl

"I like you this way
But why can't you see my feelings?"

"Now can you see the emotions that you were expecting all this time?
This pretty woman will not wait or cry for you"

Meu único desejo é que tenhamos um amanhã
Capítulo III

Observei seu corpo dormente na maca do hospital. Estava em coma já fazia um ano. Seu corpo estava magro e fraco, seus olhos não abriam.

– Senhor Jimin, acabou o horário de visitas.

Fui embora com o coração na mão. Visitava-a todos os dias sem exceção. Por que não podia ter dito-lhe que lhe amava muito, que não queria que fosse minha irmã, mas, sim, amante? Poupariamo-nos daquele jogo sem sentido.

Ao chegar na mansão, fui para meu quarto estudar; no entanto, nada, absolutamente nada, entrava em minha mente. Corri para seu quarto, desesperado, ansiando sentir um pouco de sua essência.

"Ela era só uma garota muito machucada pelo passado, tentando cumprir aquela maldita promessa", cheguei a pensar. Mentira. Tudo mentira. S/N era fria e calculista, fazia qualquer coisa para me atrair e me ignorar, vendo que eu odiava meninas atiradas, foi uma tática, uma estratégia inteligente.

As paredes vermelhas sufocavam-me, lembravam-me daquele maldito presente de aniversário. Por que tinha de ter feito aquilo? Oras, eu só queria chamar sua atenção, mostrar minha reciprocidade e que eu estava dentro daquele joguinho! E ela, claro, fazia todas aquelas provocações, ela me enlouquecia. Foi erro meu me deixar levar por aquela garota e acatar seus desejos secretos e perversos. S/N era fraca demais comparada a um oponente como eu.

Ano passado, dei-lhe o estilete. Semanas depois, vi-a usando o objeto para cortar uma caixa de papelão. Provocação, claro.

1ª Lembrança

– S/N, o que está fazendo?! – sua mãe perguntou, vendo a filha decorar uma caixa de papelão velha.

Eu estava estático, observando tudo. Suas mãos delicadas pintavam a caixa, usavam o estilete para cortar as estrelinhas desenhadas num papel brilhante e bonito.

Pouco importava minha presença ali para a garota, como sempre. Inferno! Por que ela ficava ignorando-me?! Já estava explodindo de raiva graças ao seu comportamento maldito! S/N fazia de propósito para me provocar! Ela queria me atiçar!

– Decorando – respondeu com aquele tom suave, o qual tanto irritava-me e, ao mesmo tempo, deixava-me ainda mais encantado pela mesma.

– Para quê? É só uma caixa velha – esbravejou minha madrasta.

– Errado – negou com a cabeça.

Sua mãe continuou ali, assim como eu, apenas analisando a situação. Sabia que logo começaria a maior gritaria, pois s/m (sua mãe) parecia odiar a paz, sempre querendo brigar com a filha, a qual fazia pouco caso, nem ligando.