Capítulo 5 - Morte

741 52 1
                                    

Quando as garotas saíram da Florean Fortescue, resolveram passear pelo Beco Diagonal. Isabelle segurava o maior sorvete: de chocolate com todos os doces possiveis em cima. Madison, Emma e Safira estavam com sorvetes simples.

― Vamos voltar para o Caldeirão Furado, quero guardar meus livros, estão pesados ― Madison sugeriu.

― Claro, tem uma biblioteca inteira nas suas sacolas ― Isabelle interfiriu ― Isso que dá querer fazer todas as matérias possíveis.

― Na verdade, eu não vou fazer todas as matérias possiveis ― Madison esclareceu e Isabelle resmungou um "tanto faz" sem animação enquanto andavam na direção de um beco escuro.

Isabelle ainda tagarelava sobre as aulas extras de Madison quando trombou com várias pessoas de preto e seu sorvete caiu no chão, as pessoas não se alteraram, como se não tivessem sentido o impacto. Safira olhou para a prima e Isabelle não parecia nada feliz, estava nervosa enquanto olhava o sorvete derreter no chão.

Quando as quatro garotas ergueram os olhos, as pessoas de preto continuavam ali. "Vamos embora, isso não pode ser coisa boa" Emma murmurou, mas, a curiosidade de Madison falou mais alto. As quatro permaneceram ali para ver o que estava havendo.

De uma portinha saiu uma mulher, uma mulher que fez com que o coração de Emma se apertasse: Tânia Phelps. Todas as garotas ficaram surpresas, e antes mesmo que qualquer uma pudesse dizer alguma coisa, dois comensais sairam da portinha também... Depois, apenas um lampejo verde. Tânia caira sem vida no chão.

― MÃE! ― Emma gritou desesperada e naquele instante Madison soube que a garota havia cometido um erro. Todos os comensais se viraram para elas e Safira gelou.

Antes que qualquer um presente ali pudesse se mexer, as garotas foram seguradas pela cintura por quatro homens que Madison não conseguiu ver os rostos. Uma fisgada no umbigo, tudo saiu de foco. Desaparataram.

Quando tudo tornou a ficar claro, Madison se viu dentro do Caldeirão Furado ― onde havia tomado café. Megan estava com Rose, Mary e Felipe com expressões nada felizes. Emma foi colocada numa cadeira e começou a chorar, logo Felipe foi informado do acontecido pelos homens que haviam salvado as garotas.

Felipe até tentou ir conversar com Emma, mas, ela fugiu correndo para seu quarto. Ele teve de ir atrás.

― Quem são vocês? ― perguntou Madison se virando repentinamente para os quatro homens que haviam salvado ela e as marotas.

― Somos jogadores de Quadribol, trabalhamos com seu pai ― respondeu o mais alto deles, um homem loiro de olhos cor de avelã ― Quando eu te vi, de boca fechada, você parecia tão inofensiva.

― De boca fechada ela é um anjo ― concluiu Isabelle sentando na cadeira e dando uma risadinha um pouco assustada com o acontecido ainda.

― Controle-se, Isabelle ― ralhou Safira ― A mãe da Emma acabou de ser morta por comensais da morte e você fazendo piadinhas? Será que você não consegue falar sério?

― Estava apenas tentando amenizar a situação ― Isabelle resmungou.

― Como você nos achou? ― Madison continuou com o interrogatório ― Por quê foram atrás da gente? ― Megan deu um sorriso, conhecia bem esse lado da filha.

― Seu pai ― respondeu o homem loiro ― Mandou que achássemos vocês porque algo estava errado, o céu está bem escuro ― "Foi por causa do meu pesadelo" Madison começou a acreditar na possibilidade de que não era apenas um pesadelo ― Desculpem o mal jeito, acho que vocês nunca haviam aparatado antes, mas, foi o único jeito que encontramos.

As Marotas IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora