CAPiTULO 5

7 2 0
                                    

—Vamos?
—Não,antes de ir quero lhe fazer uma pergunta.
—Pode fazer qualquer pergunta.
—Como é que sua esposa está encarando o fato de você ir acampar com a sua ex–noiva?
—ESPOSA?
—O que ela disse a respeito?
—Mas Eu não mim casei.
—Não?
—Não. Se está se referindo àquela garota que comecei a mim relacionar.... Bem,o nosso namoro não deu em nada.
—Ela o deixou? Ou tbm resolveu abandoná–la?Você deve ter se tornado um especialista em abandonar mulheres.– Ao percebe o tom agressivo que a via falado,Natasha se arrependeu de ter feito as perguntas e pediu– Esqueça!Não tenho nada a ver com sua vida.

Um silêncio pesado caiu entre os dois. Natasha, para se livrar do silêncio que Paraíba no ar, disse:

—Vamos embora daqui.
—Não tem mais nem uma pergunta pra mim fazer,Natasha?– Tom a encarou com calma estudando suas afeições.
—Não, não tenho.
—Pois quero que saiba que a minha relação com aquela mulher não durou nem um mês. E,desde então,estou sozinho.
—Já disse que não tenho nada a ver com sua vida. E antes de irmos,quero que saiba: você é apenas um funcionário da empresa que contratei. Portanto,quero que se comporte como tal.
—Certo.– Tom mordeu o lábio inferior e perguntou: –Você já almoçou?
—Já almocei no avião.
—Otimo. Então vamos direto para o parque Kakadu. Chegaremos lá à noite.

Sentada ao lado de Tom que dirigia com muita atenção,Natasha estava perdida em pensamentos.Em um dado momento,ela sentiu um estremecimento e foi inevitável não sorrir.

—Você fica muito mais bonita quando sorrir –Tom comentou. —Posso saber em quê estava pensando?
—Em nada especial.
—Então,por que o sorriso de satisfação?
—Simplesmente porque estou para realizar um grande sonho. Sempre quis conhecer o parque Kakadu.

—É um lugar muito bonito. –ele pegou o cantil que se encontrava ao lado do banco do motorista é o deu pra Natasha.
—Muito obrigada, não estou com sede.
—Acho bom você beber,mesmo assim. Aqui temos de nos manter muito bem hidratados. E mais ainda,quando estivemos no parque.

Natasha resolveu aceita a oferta. Após ter tomado um gole de água ,devolveu o cantil a ele em silêncio. E foi a vez de Tom toma um pouco dágua,por causa de um pequeno buraco na pista,a água escorreu–lhe pelo rosto. Num gesto automático ele limpou o rosto com as costas da mão e a orientou,enquanto fechava o cantil:

—Vai ter de manter o seu sempre por perto.
—O meu? Sobre oque está falando?
—Estou falando sobre o cantil. Você terá o seu. E está no porta–malas junto com a comida que eu comprei.

De novo os dois ficaram em silêncio. É o pensamento que Natasha estava evitando desde o aeroporto,a venceu de vez:
“Tom não se casou. E ele me disse que está sozinho.
Isso significa que..... ”

“Isso não significa absolutamente nada! ”,
É sua voz interior lhe disse:“Jamais esqueça o mal que esse homem te fez. Será que já não sofreu o bastante?"

“Já. Já sofri mais do que o suficiente. E depois,Tom está aqui trabalhando pra mim,apenas isso."

“Ótimo. Não se esqueça disso",a sua voz interior a advertiu.
Natasha fez de tudo para evitar que seus pensamentos a levassem para a época em se relacionava com Tom. Não foi nada fácil, mas ela conseguiu.

—Cansada? – ele perguntou
—Bastante.
—Também,não é pra menos. Quer parar pra descansar um pouco?
—Não, prefiro continuar.
—A paisagem daqui até o parque é muito monótona. Que tal uma cama agora?

Ao ouvir aquela  pergunta, Natasha sentiu o sangue correr mais rápido pelas veias.

—Você ouviu o que eu disse?
—Cla.... Claro que ouvi.
—Bem,vamos ter de passar na sede do parque,que fica em Jabaru.
—Pra quê?
—Para pegamos a licença.
—Licença?–ela ficou intrigada

—Precisamos de uma licença, de permissão para entramos no parque, Natasha. Bem próximo à sede tem um hotel. Poderíamos passar a noite por lá e seguirmos viagem amanhã bem cedo. Ai,você teria um excelente jantar,e poderia descansar bastante. O local é bem tranquilo. E se está pensando na despesas,esqueça. Fica tudo por minha conta.

—Oque é isso? Se eu resolver passar a noite no hotel, eu pago minhas despesas.
—Como ficou orgulhosa!
—Não é questão de orgulho. Trabalho para pagar minhas despesas.
—Bem. antes da gente começar a brigar,temos de ligá pro hotel.
—Pra quê?
—Tenho de saber se eles tem um quarto pra nós. –Tom balançou a cabeça em negativa. —Me desculpe,dois quartos.

No estante seguinte ,Tom foi pro acostamento e desligou o carro.




A Flor da Pele  ( Elizabeth Duke)Onde histórias criam vida. Descubra agora