A cortina abre-se para um espetáculo Noh

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Escrita por: Ravenxz e Guerrier

Chapter III: A cortina abre-se para um espetáculo Noh¹

¹ Teatro japonês de atores com performance de máscaras

Em meus olhos, a arena principal vislumbrava-se em um panorama cinza e lotado de cabeças em minha direção, ouvia cochichos e murmúrios ao meu respeito, alguns exibindo curiosidade e outros exalando o mais profundo asco.
Prendendo um comentário insolente, Sakura sentou-se na primeira fileira, em uma espera de Tsunade convocá-la ao teste. No palco da arena, Tsunade tinha uma ruga de preocupação e medo por sua pupila. Porém, a sensação de um desastre eminente não abandonava sua mente.Ao aguardo de todas as pessoas se acomodarem-se apropriadamente, Tsunade ergueu-se, os braços coçando-se sob o casaco branco.
Tremendo lentamente. Sakura observou a figura de Sasuke, no canto extremo da fileira. As orbes baixas, mãos cruzadas entre o peito. Em um momento de loucura, Sakura desejou aqueles olhos pousando sobre si, e o orgulho de um tutor, apesar de curto, invadir-lhe.

De braços postos atrás de suas costas, Tsunade pronunciou com uma voz forte:

- .... Daremos início ao ritual magwyr novamente, a pedido da senhorita Sakura e alguns de vocês sabem que ao falhar no primeiro teste, o segundo pode ser solicitado se assim for averiguado e permitido a execução de uma segunda tentativa, e deve ser realizado com todos do instituto presentes. - Senhorita Haruno, por favor dirija-se até o centro da arena – ela franziu o cenho exalando impaciência perante a desatenção de sua pupila. – Sakura Haruno, dirija-se ao centro da arena – Tornou a chamá-la de maneira que veias salientaram em suas têmporas, a voz em altos decibéis. O silêncio preenchia o local de ponta à ponta. Todos a encararam com certo receio, após o último acontecimento em que todos presenciaram o descontrole de seus poderes mentais.

Absorta em devaneios, aquele “episódio” ainda permanecia em sua mente com uma nostalgia torturante e constante. Fora a primeira vez que perdeu o controle de suas habilidades e o resultado quase destroçou a sanidade dos alunos do Instituto. Entretanto, fora interceptada pelas órbitas negras familiares, aquele cujo a arrebatava de sua realidade, exalando uma armadura impenetrável de arrogância, um sorriso jocoso e possuía uma diversidade de monossílabos… extremamente irritantes.

Não sabia com exatidão quando começara a perder o controle dos seus sentimentos por aquele ser sórdido, com uma bipolaridade de sentimentos, ora em um perfeccionismo protetor, ora tornava a exprimir indiferença. Temia que tais emoções a fizesse ceder à sua paixão e remetesse apenas a uma idealização utópica de ter alguém para chamar de lar, ou melhor, de seu. Sempre fora retraída em confiar e manter pessoas ao seu redor, mas o pouco que conquistou já era mais que o suficiente.

Sozinha, era mais do que poderia ansiar.

Lembrou-se de anos atrás de como era frágil, e palavras vazias de afeto desamarrava as entranhas de suas defesas. Tinha se tornado uma mulher fortalecida pela sua dor e qualquer resquício daquela menina era camuflado por escárnio, a sua maior arma e defesa.
Caminhou à passos largos e decididos, ignorando os olhares expressivos de temor. Mostraria à todos suas habilidades e o quão evoluída estava em controlá-las, pois o controle era o maior obstáculo de um usuário de manipulação mental, poucos conseguiam controlá-lo.
E aquela era a oportunidade de revelar a tempestuosidade de sua magia. 

                   .............

A preparação para o segundo teste, era totalmente diferente. A presença de todos os  Meister a agoniava, porque o motivo de suas honoráveis presenças não era para apreciar sua apresentação de seus poderes,mas subjugá-la ao um julgamento se algum descontrole ser detectado. E um frio subia-lhe a espinha, o medo ainda divergindo-se contra a sua esperança. Sentada, de pernas cruzadas, a multidão queimando-a com um anseio jocoso, Sakura tremeu. Erguendo sua visão, o corpo á frente das massas, as bolas negras encaravam-lhe profundamente. Um olhar inexpressivo, impenetrável. Era como uma vórtice de emoções, sacudiam-na descaradamente. Uma veterana sorriu brevemente, em uma tentativa falha de aplacar seu nervosismo e desconcentração. Ela arrumou o centro da arena, as mãos cheias com um pequeno baú. Pessoas moviam-se na arena, trazendo e arrumando materiais.
A garota apontou para o centro da arena,as preparações acabadas.Sentindo o chão sob os meus pés,trafeguei lentamente,sensações de outras pessoas percorriam meu corpo.Um poder gracioso e exuberante de Tsunade, uma chama negra transbordando de Kurenai, o do velho Meister era uma magia dócil e tranquilizante,um imenso poder que servia-me de acalento.Entretanto,Meister Itachi não notava-se magia ou poder em seu corpo.Uma sensação de “nada”.

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