Capítulo 4

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Ouvir aquela voz perto de mim me fez respirar aliviada e senti cada músculo do corpo relaxar

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Ouvir aquela voz perto de mim me fez respirar aliviada e senti cada músculo do corpo relaxar. Por que raios ele estava me seguindo? Eu achando que ia ser estuprada e agora vejo que é só o idiota do meu professor. Comecei a chorar por todo nervoso que passei e bati na porta do carro com força o fazendo me olhar assustado, seu olhar caminhou por todo o meu rosto e suspirou fundo. Queria falar tantas coisas na cara dele que estavam engasgadas em minha garganta, é queria, mas não sei se conseguiria em um momento como este. Só sei que Gustavo Almeida é um maníaco que precisa ser estudado.

Sai dali e dei meia volta ignorando os chamados por meu nome. Estou cega de ódio pelo mesmo. Ele caminhou e ficou em minha frente, fazendo-me parar bruscamente e olhar em seus olhos demonstrando toda a minha raiva. Quando dei conta, ele me puxou para um abraço, então minhas lágrimas começaram a cair novamente molhando sua camisa, mas ele não se importava, apenas falava que estava tudo bem. E realmente estava. Me acalmei e afastei-me dele olhando em seus olhos, o leve sorriso que estava em sua face sumiu. Ele está achando graça da minha situação? Isso era um absurdo! Se fosse filha dele – o que nem isso ele tem –, ele não gostaria de ficar sabendo disso.

Ele tocou meus ombros e me guiou até seu carro, abriu a porta e falou para entrar. Já era lá pelas 23h, passei por uma situação ridícula por causa dele – que, só pra constar, graças a Deus era ele –, poderia passar novamente, mas dessa vez poderia ser um estranho. Estava realmente sem opções, então entrei sem reclamar. Fomos em direção a minha casa em total silêncio. Talvez ele não notasse, mas eu queria tanto que ele falasse com sua voz rouca, mas ao mesmo tempo doce. Ela me acalmou de uma forma inexplicável. Não que isso me fizesse esquecer que a culpa era dele, mais do que sua obrigação me acalmar.

O carro parou e soube que já havíamos chegado. Abri a porta do carro e sai sem dar um simples "tchau". Entrei dentro de casa e fui para o meu quarto tomar um banho gelado, logo após de deitei e peguei em um sono pesado.

Abri os olhos devagar, dei um grito ao ver minha mãe com o rosto colado no meu com suas mãos em minha testa. Ela se assustou e deu um pulo para trás, me fazendo rir igual uma hiena. Mas parei assim que senti um tapa forte em minha testa. Fuzilei a mesma com o olhar e me arrependi no mesmo instante, pois havia levado outro. Ela tinha que parar com isso urgentemente. Bufei e olhei as horas.

Levantei da cama correndo, fui até meu closet e peguei a primeira peça de roupa que vi pela frente. Vestir-me rapidamente e corri para o banheiro escovar os dentes. Fui até a cozinha ver se meu pai estava lá, mas Rosa falou que ele não se encontrava em casa, pois havia ido ao mercado. Peguei uma maçã, dei um beijo em sua bochecha e fui para o quarto da minha mãe me despedir. Apesar de ela falar para ficar em casa, pois já estava muito tarde, falei que precisava mesmo ir e fui.

Assim que cheguei à escola, fui para minha sala sem passar na direção, quem se importa se eu vim ou não? Fala sério! Muita palhaçada eu passar lá só para levar uma bronca e blá, blá, blá. Bati na porta e falaram um "entre", assim eu fiz. Logo todos os olhares estavam direcionados a mim, senti meu rosto queimar e fui até o meu lugar sem me importar se o professor que estava ali permitiria ou não minha permissão para participar da aula. Afinal, ele me devia uma por ontem, certo?

𝘔𝘦𝘶 𝘘𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘰 𝘗𝘳𝘰𝘧𝘦𝘴𝘴𝘰𝘳 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora